quinta-feira, agosto 31, 2006

Viva, e muito.

Sim, estou viva ainda. Aliás, dia desses estava pensando na imortalidade virtual. Ou seja, a pessoa morre, mas o perfil dela continua lá no Orkut pra sempre, recebendo aqueles scraps toscos: “onde quer que esteja, saiba que estou com saudades”; escritos pelo pessoal que acredita em acesso à internet após a morte. Ou pior: “eu não te conhecia, mas desejo que descanse em paz”. Porque morrer não é empecilho pra dar início a uma nova amizade, certo?

Mas esse não era o assunto da pauta de hoje. Em primeiro lugar, quero dizer que a estratégia sórdida empregada no meu derradeiro post para atrair mais leitores tarados não obteve o sucesso esperado. É verdade que no dia seguinte à publicação do texto o número de acessos aumentou, mas ninguém chegou aqui procurando sexo e sacanagem. Óbvio, se você digitar palavras relacionadas ao tema no Google, vão aparecer milhões de sites antes do meu blog tão pobrezinho em matéria de perversões sexuais (ao contrário da minha mente... ops).

O forte do “Quem no Cosmos?” é mesmo “encoxadas no ônibus”. A expressão digitada assim, entre aspas, conduz a um resultado em que meu blog é o segundo colocado! E até uns dias atrás era o primeiro. Mas não vai ser hoje que vou saciar a lascívia dos maníacos do busão, com um relato imaginário em que a vítima encoxada por um desconhecido, contrariando todas as probabilidades, fica excitada em vez de irritada e indignada. Sério, esse povo precisa parar de ler/escrever contos eróticos e descobrir o que é sexo de verdade: uma relação em que duas pessoas adultas, de comum acordo, fazem somente o que querem, quando querem, do jeito que querem. Se a conduta sexual de alguém afeta negativamente a liberdade sexual de outrem, é definida como crime, e não mais preferência ou gosto pessoal.

Ah, sim, ia contar para vocês que ando ausente em razão da minha monografia, que por acaso trata de crimes sexuais... Claro que eu deixei pra última hora e agora tenho passado as madrugadas (e todos os momentos livres) diante do PC escrevendo, escrevendo, escrevendo.

Queria também dizer, mais uma vez, que amo demais as minhas amigas. Sem desmerecer os amigos, especialmente os pouquíssimos que me oferecem uma amizade constante e despretensiosa (Sinhoooo).

Mas a relação com amigas é diferente. Eu entendo cada uma delas, mesmo quando fazem coisas que eu não faria, porque a opção já me passou pela cabeça. Vivencio o sofrimento e a alegria delas. Fico sem dormir quando uma amiga engravida de um “ficante” e decide abortar, com o apoio da família. Fico apreensiva quando outra amiga engravida de um amigo e resolve ter o filho, com o apoio da família. Preocupo-me com minha amiga que está sem perspectivas. Choro quando uma amiga é internada para tratamento psiquiátrico, porque o mundo tem sido cruel com ela. Sinto medo quando minhas amigas tomam ecstasy, canso quando minhas amigas riem de coisas que não têm graça porque fumaram maconha, e me preocupo quando minha amiga bebe demais e apaga. Fico irritada e compro briga se um cara inconveniente dá em cima de amiga minha e não percebe quando começa a ficar desagradável. Fico feliz quando minha amiga começa a fazer o curso que tanto queria. Choro de emoção quando minha amiga é pedida em casamento. Comemoro o 10 que a minha amiga tirou na banca. Sorrio ao ver a foto do bebê da minha amiga e chamo minha mãe pra ver. Escuto com interesse as aventuras de cada final de semana. Torço pelo sucesso de cada romance que começa. Rio quando a amiga certinha consegue se soltar e fazer uma besteira. Fico feliz quando minha amiga telefona, em pleno domingo, avisando pra eu me vestir em 5 minutos e largar a monografia, porque isso é um seqüestro. Detesto os caras que fazem minhas amigas sofrerem. Adoro os encontros Fischers. Não entendo como minha amiga linda pode fazer tantos feios felizes. Fico intrigada quando o ex da minha amiga surge com lembranças do passado, mexendo com a cabeça dela quando ela finalmente está numa boa. Cuido da minha amiga que, quando bebe, esquece que não fuma, que não usa óculos e, se duvidar, esquece que ex é diferente de atual. Sinto saudades das amigas que não vejo há tempos. Sinto saudades das amigas que vi ontem à noite. Guardo os segredos delas, e elas guardam os meus. Divido minhas inseguranças com elas, e dou conselhos como se eu soubesse das coisas.

Amizade também é um jeito de amar.

Amo vocês!
Amiga (qualquer uma delas) em discussão imaginária com açougueiro intransigente:
_ Mas, moço, eu só quero a lingüiça, você não pode me obrigar a levar o porco inteiro!

Paciência.

quinta-feira, agosto 03, 2006

O que importa é o conteúdo (erótico)

Toda vez que acesso o Webstats sinto vontade de ser repetitiva e escrever mais um texto contando sobre as buscas toscas que trazem as pessoas igualmente toscas ao meu blog. É cada uma... Impressionante como “encoxadas no ônibus” é um assunto que continua despertando a curiosidade de alguém todos os dias. Os dementes devem ficar decepcionados quando clicam no link do “Quem no Cosmos?” e dão de cara com um texto romântico declarando meu amor pelo meu mamute. Essa semana teve um buscando “encoxadas e mãos na bunda dentro do ônibus”. E cada vez que eu escrevo essas palavras aparece mais gente, e assim o blog vai ficando mais popular.


Por isso resolvi escrever (sexo) esse texto recheado de (sacanagem) palavras-chave que farão (putaria) com que mais e mais leitores (tarados) cheguem até aqui! Afinal, não é só porque se tratam de maníacos sexuais que devo desprezá-los como público (safado).


E mais: o Google publica mensalmente (e também anal, digo, anualmente) as palavras (peladinhas) mais pesquisadas por país. A publicação (sem-vergonha) mais recente já está desatualizada, referindo-se ao mês de junho, mas tudo bem. Vou pornô, ou melhor, pôr no texto a seguir os termos mais buscados naquele mês (palavras em negrito). É evidente que vai ficar desprovido de sentido, mas servirá para testar se o número de acessos aumenta em razão dessa minha estratégia (safadinha) sórdida.


Que comece a palhaçada (sim, porque até agora era um texto muito sério).


A Copa do Mundo de 2006 foi uma decepção para cada um dos milhões de consumidores que não sabem o que fazer com a bandeira do Brasil de plástico comprada no camelô. Afinal de contas, somente em 2010 será necessário novamente exibir algum patriotismo. Mas nada se compara ao arrependimento das pessoas que deixaram de participar da festa junina para assistir aos jogos. Deixaram de comer pé-de-moleque pra ver perna-de-pau.


Especialistas consideram que Ronaldinho Gaúcho se comportou como um rebelde, só porque teve que passar o dia dos namorados sozinho. Enquanto isso, Britney Spears se recuperava de uma forte crise de gases. Durante uma entrevista coletiva, ela se limitou à seguinte declaração: “Oops, I did it again”.


Ronaldo, o “fenômeno”, parece ter tido problemas com a receita federal. Ao que tudo indica o gorducho continua preferindo a receita de virado de feijão que está na sua família há décadas.


Neste mês será aplicado o Enem 2006, e os internautas aguardam ansiosos pelo e-mail com as novas preciosidades escritas pelos cerumanos que participarão do exame, pois nessa terra ensi plantando tudo dá.


Estou com preguiça de inventar uma notícia para cada personalidade restante, então vou apenas anunciar o ménage a trois entre Avril Lavigne, Angelina Jolie e David Beckham! Chapados, ao som de Bob Marley! Um escândalo! Vocês viram as fotos? Não??? Nem o Bussunda.

(Um minuto de silêncio).