"shame, shouldn't try you, couldn't step by you and open up more shame, shame, shame" (Matchbox Twenty - Shame)
domingo, dezembro 02, 2007
Veredicto
quarta-feira, novembro 28, 2007
Sei
Posso ver nos seus olhos que você andou chorando.
Sei, pelas olheiras, que você andou crescendo.
Conheço seus medos, seus planos, seus desejos mais secretos. Vi as estratégias que usou pra conseguir o que queria. Sorri quando deram certo.
Sei das culpas que a torturam, das mágoas que a atormentam, do seu esforço pra se livrar disso tudo.
Lembro a cara de cada pessoa que a fez chorar. Conheço os homens que a usaram, e também os que a amaram.
Sei dos seus sacrifícios. Sei o quanto você fala e o quanto cala. Escuto sempre que você grita em silêncio.
Sinto as suas saudades.
Sei de tudo, porque seco suas lágrimas no meu travesseiro. Porque arranco seus cabelos brancos e abro o pote de Renew. Porque são minhas pernas que a erguem todos os dias, quando você quer continuar na cama.
Sei de tudo, porque engulo o seu choro. Aceno sua cabeça afirmativamente e forço seu sorriso quando você quer xingar. Sinto a dor de quando você obedece, querendo fugir.
E sei também que essas coisas contidas se transformam em piadas que nunca têm graça pra você. E que, pra compensar o aperto no peito, você diz o que não deve e agride sem querer.
Eu sei e você sabe que, no fim das contas, é só comigo que você pode contar mesmo.
quinta-feira, novembro 22, 2007
Coisas que me irritam (4ª parte)
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Oksana
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quarta-feira, novembro 14, 2007
Coisas que me irritam (3ª parte)
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Oksana
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segunda-feira, novembro 05, 2007
Coisas que me irritam (2ª parte)
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Oksana
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quinta-feira, outubro 25, 2007
Coisas que me irritam (1ª parte)
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Oksana
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3:39 PM
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terça-feira, outubro 16, 2007
Soninho...
Ai, zentsi, hoje estou assim... MORRENDO, sabe como? Não pode ser normal um sono desses. Devo ter sido atacada por uma mosquinha tsé-tsé. Enquanto eu dormia, claro.
O meu sono incontrolável já me colocou em situações mui desagradáveis. Na infância até que era tranqüilo. Mas desde a adolescência, acordar cedo se tornou uma verdadeira tortura pra mim.
Diariamente, eu ia me arrastando pro colégio, sempre chegava atrasada e dormia na carteira durante as duas primeiras aulas. Depois disso vinha o intervalo, quando eu comia um pão de batata recheado com catupiry e bebia um copo de mate Leão. Aí eu voltava para a sala super bem disposta para conversar e trocar bilhetes com minhas amigas até a manhã terminar, ou até o professor me mandar pra fora, o que acontecesse antes.
Lembro-me de uma vez em que estava fazendo uma prova de matemática, no segundo ano do ensino médio. Cada vez que eu tentava resolver aquela porcaria de matriz, acabava caindo no sono. Acordava com o lápis na mão, com aquele riscão atravessando a folha de prova de ponta a ponta.
Num dado momento, desisti. Deitei a cabeça na carteira e dormi gostoso. A professora me acordou e perguntou se eu tinha terminado a prova, respondi que sim e fui pra casa dormir. O problema é que eu só tinha resolvido a primeira questão, e tirei 2. Foi um pouco difícil recuperar essa nota, mas no fim deu tudo certo.
Claro que talvez isso não tivesse acontecido se naquela época eu não fosse tão maloqueira. Explico: na noite anterior eu havia saído com minhas amigas do grupo de teatro. Como éramos todas pobretonas sem carro – eu, no caso, uma adolescente de 16 anos cujas atividades se resumiam a estudar de manhã, dormir depois do almoço até começar Malhação, e fazer curso de teatro duas vezes por semana – costumávamos fazer uma vaquinha pra comprar um garrafão de
Depois a gente ia a pé até a Rua 24 horas, comer pizza de muzzarela cortada em quadradinhos e esperar até umas 6h da manhã, quando os ônibus começavam a circular regularmente. Assim, naquele dia, cheguei em casa às 6h30min, tomei banho, vesti o uniforme do colégio e fui fazer a tal prova.
Não sei porque eu resolvi contar isso... Que vergonha!
Já na faculdade, eu estudava à noite. Massss, como eu trabalhava o dia todo, e dormir no trabalho é muito mais complicado (embora não menos tentador), a aula era meu momento do soninho. A maior parte dos professores não se incomodava. Só tinha um que levava um galo, daqueles de geladeira, e uma vez fez o bicho cantar na minha orelha no meio da aula. Nunca mais dormi na aula dele, mas era um sufoco ficar acordada.
Uma vez minha amiga me acordou porque eu estava respirando alto (roncando não!!!) e todo mundo estava reparando...
Às vezes eu dormia antes mesmo de a aula começar, quando todo mundo ainda estava conversando
Nunca consegui estudar pra uma prova
Não é só durante aulas que o irresistível soninho me ataca, mas em qualquer situação monótona em que uma pessoa fala sozinha por mais de 15 minutos. Congressos foram as sonecas mais caras que tirei durante a faculdade. Palestras são um convite a me atirar nos braços de Morfeu. Reuniões no escritório me apavoram... Deus do céu, não posso dormir com meu chefe traçando estratégias e planos de ação bem na minha frente! Penso em outras coisas, rezo, faço promessa, imploro às minhas pálpebras que resistam bravamente... É um sofrimento atroz.
E quando fui fazer a prova da OAB? Já sabia que o drama de muitos bacharéis era, além da dificuldade das questões em si, administrar o pouco tempo pra resolver tanta coisa. Muito provavelmente a maior parte dos aspirantes a advogados não estava nem um pouco preocupada com a possibilidade de cochilar durante a prova, que é realizada no domingo à tarde, num clima de absoluta tensão.
Mas eu me conheço... Depois de ler umas 30 questões... Tcharam... Lá estava eu com a cabeça pendendo sobre a prova que definiria minha vida profissional. O jeito foi começar a comer o lanchinho que eu levei, já que não consigo dormir enquanto como. Só não podia mais parar de comer, porque comer dá sono. Então lá se foram umas 3 barrinhas de cereais, um pacote de maçãs desidratadas, dois chocolates, uma garrafa de água e uma de suco, bolachinhas... E passei.
Café, coca-cola, chá preto, energéticos à base de taurina... Ainda não conheci uma substância lícita que dê cabo do meu sono.
Já passei do meu ponto umas 5 vezes porque dormi no ônibus. Uma época, quando eu voltava sempre de ônibus da faculdade, já tinha até feito amizade com o cobrador e o motorista. Uma noite eu estava sonhando com alguma coisa, quando uma voz interferiu na trama do meu sonho. A voz dizia: “moça... moça... ô moça”. Era o cobrador me acordando, o motorista já havia parado o veículo na esquina em que eu descia e estava esperando eu despertar.
Na praia, já perdi as contas de quantas vezes eu capotei na areia e acordei com aquele belo torrão apenas num lado do corpo. Depois que o vermelhão passa, fico preta de um lado e branca do outro, feito um doce dois-amores. Coisa linda de se ver.
E teve também uma vez em que estava caindo de sono no escritório, cheia de trabalho pra fazer, e resolvi parar um pouco e escrever um texto pra tentar me distrair. Ah, isso foi hoje.
Costumava pensar que essa fosse uma característica minha até um tanto engraçada, mas enquanto escrevia esse texto resolvi dar uma pesquisada na Wikipedia, e fiquei um pouco preocupada:
“Narcolepsia é uma condição neurológica caracterizada por episódios irresistíveis de sono e em geral distúrbio do sono. É um tipo de dissonia.
O sintoma mais expressivo é a sonolência diurna excessiva, que deixa o paciente em perigo durante a realização de tarefas comuns, como dirigir, operar certos tipos de máquinas e outras ações que exigem concentração. Isso faz com que a pessoa passe a apresentar dificuldades no trabalho, na escola e, até mesmo, em casa.
Na maioria dos casos, o problema é seguido de incompreensão familiar, de amigos e patrões. A sonolência, geralmente, é confundida com uma situação normal, o que leva a uma dificuldade de diagnóstico. É comum portadores da narcolepsia passarem a vida inteira sem se darem conta que o seu quadro é motivado por uma doença, sendo tachados por todo esse tempo de preguiçosos e dorminhocos. No entanto, se o narcoléptico procurar ajuda especializada, vai descobrir que é vítima de um mal crônico, cujo tratamento é feito por meio de estimulantes e que pode se prolongar por toda a vida.
As manifestações da narcolepsia, principiando pela sonolência diurna excessiva, começam geralmente na adolescência, quando piora, leva à procura médica à medida que os sintomas se agravam. A narcolepsia é um dos distúrbios do sono que pode trazer conseqüências individuais, sociais e econômicas graves.”
Viram só? A vida toda tachada de dorminhoca e preguiçosa... Talvez eu não passe de uma narcoléptica incompreendida.
sexta-feira, outubro 05, 2007
SETE COISAS SOBRE MIM
- Eu não divido comida
- Eu não consigo controlar meu sarcasmo, mas no fundo sou uma boa pessoa
- Eu amo dormir
- Eu sou maníaca por seriados
- Eu consigo comer muito mais do que você imagina
- Eu ouço música o tempo todo
- Eu amo dançar!
Na caixa:
with a thousand smiles
She gives to me free..."
quinta-feira, outubro 04, 2007
Calma, calma, já vai passar.
But it hasn't been easy,
I'm sure that you had your reasons,
I'm scared for this emotion,
For years I've been holding it down,
And I
Love to forgive and forget,
So I
Try to put all this behind us,
Just
Know that my arms are wide open,
The older I get, the more that I know...
Well, it's time to let this go".
quarta-feira, setembro 12, 2007
Felicidade? É você?
Postado por
Oksana
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4:46 PM
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Marcadores: felicidade, final feliz, momentos
segunda-feira, setembro 03, 2007
Olho gordo
segunda-feira, agosto 20, 2007
quinta-feira, agosto 16, 2007
Como é chato ser adulta
Tantas verdades que descobri ao longo da vida...
Talvez seja por isso que me sinto tão adulta ao esconder uma verdade feia de uma criança que eu amo.
E depois choro escondida, porque gente grande não ganha colo.
quinta-feira, agosto 09, 2007
Aquele do cara que perdeu porque quis jogar na categoria errada
Salvas as devidas proporções, não estou falando de alguém que eu amo, e muito menos que eu imaginasse incapaz de me magoar. Mas é alguém que eu tinha escolhido, dentre alguns candidatos, simplesmente por ser bom menino.
É simplesmente um cara que, competindo na categoria “bom menino”, tinha grandes chances, porque existem muito poucos bons meninos por aí. Mas, como canalha, ele se sai muito mal, porque o mercado de canalhas é extremamente vasto e oferece opções muito "melhores" do que ele. Se for pra ficar com um canalha, que pelo menos ele seja lindo, gostoso, sensacional na cama, e não prometa que vai ligar no dia seguinte. Melhor: que nem peça meu telefone! Sim, o tipo de cafa sincero, que eu sei que existe porque eu já peguei alguns deles. Mais de uma vez.
quinta-feira, julho 26, 2007
TRÊS ANOS!!!
Não entendia bem como funcionava nem pra que servia (mais ou menos como quando aceitei o convite para o orkut). Pesquisei no Google, velho companheiro que me salva sempre do abismo da ignorância, e encontrei alguns tutoriais explicando passo-a-passo como eu devia proceder aquela empreitada.
A primeira tarefa era escolher o sistema que hospedaria o meu blog. Depois de algumas tentativas, escolhi o UOL, que achei o mais fácil de entender como funcionava.
Escolhi um template básico, e a questão seguinte era: o que escrever?
Meus primeiros textos foram ridículos. Basicamente, eu relatava acontecimentos rotineiros, pequenas peripécias sem maior importância, no gênero "meu querido diário".
Com o passar do tempo, o blog ganhou identidade, e os textos, geralmente escritos num tom carregado de sarcasmo e ironia que marca o meu estilo, conquistaram alguns fãs.
Tempos depois, resolvi mudar de casa, vindo de mala e cuia para o Blogger. O Cafa criou o template que usei até poucos dias, quando senti que era hora de mudar.
Ah! Um momento de grande relevância foi o da escolha do nome. Aposto que muitos dos meus fiéis leitores não sabem, ou já não lembram a razão pela qual esse espaço de exposição de idéias leva o título de "Quem no Cosmos?".
Pois bem. Antes mesmo de criar o blog, e sem saber se um dia eu seguiria uma temática específica, já tinha certeza de que, inevitavelmente, acabaria escrevendo sobre as coisas que acontecem na minha vida e me fazem ajoelhar no chão, erguer as mãos e, com os olhos voltados para o infinito, gritar: "POR QUE EU? POR QUÊ? POR QUÊ?".
Quando essas incríveis desventuras ocorrem, costumo me questionar: quem no mundo inteiro merece uma coisa dessas? E mais: quem em todo o Cosmos merece uma coisa assim?
Daí surgiu o nome do blog, da eterna questão "Quem no Cosmos?", cuja resposta é sempre a mesma: eu. Eu mereço.
Tudo funciona em perfeita harmonia de acordo com as leis universais (ação e reação, inércia, Murphy etc.), e por isso prefiro não pensar muito na razão pela qual os infortúnios perseguem uma pessoa de coração tão puro (eu, gente). Não faz sentido, faz?
Enfim, o importante é saber transformar qualquer calamidade em uma boa história, e essa é uma arte que eu domino!
Não devo me queixar, de fato. Pois se possuo substrato pra converter desgraça em graça, o combustível que me move é a alegria! Pra ser justa com o universo (como ele tem sido comigo), admito que tenho encontrado bem menos tristeza do que felicidade no meu caminho!
Hoje faz três anos que eu despretensiosamente pari esse blog. Por mais que às vezes eu sofra de crises de falta de inspiração, a verdade é que eu amo isso aqui. Escrever sempre foi minha paixão, e é ainda mais sensacional redigir um texto que será lido e, com sorte, até comentado por alguém.
Além disso, foi graças à vida na blogosfera que conheci outros tantos universos, tantos viajantes do Cosmos relatando seus dramas e suas vitórias. Gente que eu nem conheço, mas que acompanho de longe, por quem eu torço, pra quem eu desejo o bem. E também gente que eu tive a oportunidade de encontrar no mundo físico, muito além do MSN e do orkut.
É muito bom celebrar esse terceiro ano de blog. Imaginei uma festa virtual no MSN, todo mundo comemorando, na mesma caixa de diálogo, cantando parabéns e exibindo emoticons felizes...
Fulana diz:
Menina, essa festa tá muito boa, mas tenho que ir...
Oksana diz:
Ah, mas tão cedo? Que pena...

Fulana diz:
Pois é, meu irmão quer usar o PC!
Oksana diz:
Ah... Então tá, né? Valeu por ter vindo!!!
Fulana diz:
Imagina, eu que agradeço por ter me convidado! Bjoooooo
Oksana diz:
Beijoooooooo
(Fulana está offline)
Prezados leitores, agradeço a todos pela presença! Voltem sempre!
Beijoooooooooooooo
Postado por
Oksana
às
1:48 PM
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Marcadores: aniversário
quarta-feira, julho 18, 2007
Porque eu gosto dos gordinhos
Em primeiro lugar, é importante esclarecer que NÃO, eu não tenho nenhuma tara por obesidade mórbida, não me sinto atraída por dobras de Sharpei e nem tampouco sonho ser esmagada por um corpanzil no estilo bigorna. Ocorre que, de fato, não me incomodo com uma barriguinha moderada, um par de coxas roliças, ou uma borda extra de catupiry (aquela gordurinha na cintura, sabe?)...
O primeiro passo pra eu me interessar por um homem é que exista atração física, o que não significa, necessariamente, que ele tenha de ser bonito. Vários caras se encaixam no conceito “sexy ugly” (quem já viu o filme “Beijando Jessica Stein” sabe do que se trata, e caras como Steven Tyler, Jack Nicholson e Mick Jagger são grandes exemplos), mas não é disso que o texto se trata. De qualquer forma, eu acho que todos os gordinhos pelos quais eu já me interessei são bonitos, e essa opinião já foi muitas vezes confirmada até por amigas que preferem os sequinhos.
O que importa mesmo é que não me ligo em beleza pronta, de capa de revista. Nunca gostei de homens muito musculosos, especialmente quando passam do limite e ficam desproporcionais, com ombros e braços enormes que fazem a cabeça parecer minúscula. Especialmente quando converso com um deles e concluo que o cérebro também é minúsculo. Ainda mais quando imagino (ou constato) que toda a obsessão em manter a barriga de tanquinho provavelmente é uma forma de tentar compensar um pênis minúsculo.
De qualquer jeito, meu nível de atração por homens pelos quais eu efetivamente me apaixonei nunca foi superficial, de modo que sempre houve uma série de qualidades levadas em maior consideração do que a forma física.
Até os detalhes que me prendem a atenção, fisicamente falando, que são olhos, boca e braços, têm uma razão subjetiva para me atrair. Gosto de olhos doces, que me observem com carinho. Gosto da boca pelo jeito de sorrir e, óbvio, de beijar. E dos braços pela forma como me sinto neles.
De acordo com estudiosos do comportamento humano, mulheres excessivamente preocupadas com a própria imagem acabam se tornando superficiais, ao passo que homens acometidos pela mesma inquietação tornam-se narcisistas.
Representando a sabedoria popular, amigos meus que já foram pra cama com mulheres muito perfeitinhas dizem que elas mandam mal porque não conseguem relaxar, têm medo de suar, de bagunçar o cabelo, de ficar numa posição que de alguma forma desvalorize seus pontos fortes, de aparecer uma celulite ou uma estria contra a luz.
Já o problema do sexo com homens que se acham perfeitos acontece quando a mulher representa um papel coadjuvante na relação. Ou seja, o cara só não trepa consigo mesmo por impossibilidade concreta: duro não dobra e mole não chega. A maior parte das mulheres normais (excluídas, portanto, as masoquistas e, por conseqüência, as tolas apaixonadas por imbecis) se sente muito melhor quando tem não somente o corpo, mas também o ego acariciado por um homem que sabe fazê-la se sentir a mulher mais linda do mundo. Sim, por incrível que pareça, isso é bem mais gostoso do que uma maratona com um cara vaidoso, apaixonado por si mesmo, querendo provar que é um atleta sexual, e que mantém a luz acesa não pra poder ver a parceira, mas pra que ela possa vê-lo.
Do mesmo jeito que a Síndrome do Patinho Feio fez de mim uma mulher espetacular, porque me obriguei a desenvolver virtudes que me destacassem além do físico, homens que não têm na própria aparência a garantia de sucesso no mercado geralmente têm algo mais a oferecer, algo que acaba sendo muito mais interessante.
Se eu não acho que seja possível a combinação entre estética e inteligência? Eu sei que é. Mas todo mundo tem defeitos, e aqueles que insistem em aparentar perfeição (e fazem uso de subterfúgios diversos para ocultar dos outros o que não toleram em si mesmos) costumam ser insuportavelmente chatos. Já imaginou um homem que não permite que a namorada toque em seus cabelos por causa do gel? Cafuné proibido? Que desgraça!
Dia desses, eu estava num bar, ficando com um cara que me olha de um jeito que adoro, tem um beijo delicioso, e em cujos braços eu me sinto muito, muito bem, e avisei: “Ih, baguncei todo seu cabelo e não sei mais arrumar”, e ele respondeu, com os olhos doces e o sorriso lindo de sempre: “Não faz mal”. E nem sequer fez menção de ajeitar as madeixas, ou correr em direção a um espelho. Preferiu continuar me beijando. Eu achei lindo demais! Macho demais! Claro que também ajuda o fato de ele ter cabelo bom e não precisar de gel.
Além disso, podem me chamar de preconceituosa, mas, em minha opinião, certas características masculinas não devem ser abandonadas. Eu sei que o mundo está virado, que as coisas estão a cada dia mais estranhas, mas de repente você se apaixona por um metrossexual e, quando se dá conta, está dividindo com o moço até o esmalte de unha.
Agora repare no comportamento dos gordinhos: se não cozinham, pelo menos sabem fazer churrasco; detonam alimentos pouco ou nada saudáveis servidos em porções de boteco pra acompanhar a cervejinha, e não têm frescura com comida. Pra mim, uma das coisas mais broxantes num homem é vê-lo separar coisas no prato, “ui, cebola não, ervilha não, cenoura não”. E cara que tem problema com cores? “Não como nada que seja verde”... Ah, mas é uma moça! E a fobia de açúcar? “Oh, céus, isso não tem sabor de aspartame... Argh, será açúcar? Nããão!!!”. Contar calorias é coisa pra gorda neurótica, homem que é homem não sabe a diferença entre light e diet.
Resumindo: eu acho que os gordos são mais másculos.
Os gordinhos são, além de tudo, mais divertidos. Claro que existem exceções, mas eles costumam ser do tipo de gente que não se leva tão a sério, que sabe rir de si mesma, que não se preocupa se vai sair bem na foto. Não ficam fazendo pose. Não têm vergonha de tirar a roupa na sua frente porque engordaram 500 gramas. Você nunca se sente na obrigação de encolher a barriga na frente deles. Eles não condenam uma mulher pelo tamanho do prato dela. Quando praticam exercícios físicos, o fazem com o objetivo de ter mais saúde, não pela estética pura e simples.
É óbvio que também devem existir magrinhos machos de verdade, sem frescura, divertidos, desencanados da própria aparência, e, ainda assim, bonitos.
Mas o abraço de um gordinho é sempre muito mais gostoso.
terça-feira, julho 10, 2007
Sha-lalalala, essa não, ele não tenta não...
Hoje despertei com meu peito razoavelmente tomado de uma fúria assassina. Provavelmente porque fui obrigada a conter meus desejos. E meus insanos desejos, quando contidos, transformam-se num monstro temível.
Até o fim do dia, sei que já estarei bem, mas neste exato momento sinto-me fortemente tentada a arremessar o grampeador em direção à cabeça do estagiário aqui ao lado. Não só por causa de seus comentários sempre pertinentes, mas, especialmente, porque ele É HOMEM. Eu acho... Ou é a estagiária mais feia que eu já vi.
Praticamente todo mundo que freqüenta essa birosca de blog já deve ter percebido que eu sou do signo de Peixes, até porque está escrito ali do lado. Abre parênteses revoltadinhos: SE VOCÊ NÃO GOSTA, OU NÃO ACREDITA EM ASTROLOGIA, E ACHA QUE ISSO É MOTIVO PRA CONSIDERAR O MEU TEXTO DE HOJE UMA BOBAGEM, PEGA O SEU MOUSE, SENTA NELE E NÃO ME ENCHE O SACO. Fecha parênteses revoltadinhos.
Então, quem leu meu perfil ali no cantinho do site ao menos uma vez na vida deve ter reparado que, além do signo, tenho também o ascendente em Peixes. Isso quer dizer que não só a personalidade é de pisciana, mas o comportamento também. Não tenho como escapar dessa sina.
Mas isso está longe de significar monotonia. Ora, vejamos. O símbolo do signo de Peixes são dois peixinhos (oh, quem diria?), um que vai pra cima e outro pra baixo. Em algumas representações os dois safados parecem estar fazendo um 69, é verdade. Entretanto, os astrólogos afirmam que o símbolo se refere à dualidade do signo de Peixes.
A Astróloga Jomara Araújo afirma que o signo é representado por dois peixes “que tentam nadar em direções opostas, apesar de presos por um cordão de ouro”, e que esse símbolo “propõe a mais característica das questões piscianas, a dualidade”.
Essa dualidade é a fonte dos problemas do pisciano. O símbolo apresenta um peixinho afundando no lodo, e o outro subindo para as alturas. É “o dilema pisciano da luta entre o individual e o cósmico”, diz Jomara.
Bem, quanto a mim, pisciana com ascendente em Peixes, devo ser representada por 4 peixinhos, um nadando em direção à luz, outro chafurdando na lama, outro indo pra esquerda encontrar a peixarada, outro pra direita procurando o peixe-príncipe encantado...
Visando facilitar a compreensão do que se passa comigo às vezes, vou simular o diálogo entre apenas duas das minhas personalidades conflitantes:

Peixe A: Mal-humorada hoje, é? Que foi que o Peixe-Gato aprontou?
Peixe B: Só porque eu não acordei feliz hoje você já vem achando que o problema é com macho. Pô, se liga, tenho outros problemas.
Peixe A: Aham, aham. Contaê. Que que foi?
Peixe B: Ah, sinceramente? Quero mais é que ele tome no olho da barbatana anal dele. Cansei! Não caga nem desocupa a alga! Eu é que não vou ficar aqui bancando a Sereia Adormecida! Tem um cardume inteiro interessado em mim e eu devo continuar aqui com essa cara de peixe morto?
Peixe A: Ih, já vi que hoje o mar não tá pra peixe...
Peixe B: Fica quieta, engraçadona, olha o Tubarão vindo aí, vou jogar um charme.
Peixe A: TÁ MALUCA??? O Tu só quer te comer!!!
Peixe B: Alguém nesse oceano tinha que querer, né? E pelo menos ele sabe o que quer!
Peixe A: Calma, calma, relaxa... Você não tá raciocinando direito...
Peixe B: Olha aqui, Dóri, você não me azucrina, não! Eu estou nas mais perfeitas faculdades mentais! Acontece que esse peixinho infeliz é mais liso que bagre ensaboado! Quando eu penso em sumir, ele vem nadando atrás. Aí quando eu fico doce, ele escapa, amedrontado como se eu fosse um anzol. Já tô sem paciência pra esse joguinho.
Peixe A: Mas... Mas você não gosta dele?
Peixe B: Claro que gosto! Mas isso não é razão pra ele ficar pensando que eu quero que ele seja o pai dos meus peixinhos! Verdade que gosto mais dele que dos outros... Já até dispensei a companhia do jovem Peixe-Espada, do Baiacu apaixonado e do Cachalote malandrão por causa do meu Peixe-Gato. E o que acontece? O mané fica se achando a última gota de shoyu do meu sashimi! Será tão difícil entender que eu nem sequer tenho braços pra poder prendê-lo? Será que não deu pra sacar que eu queria só um poquito de diversão? Hunf... Mas se ele não sente a minha falta ou prefere se divertir com qualquer Piranha por aí, não quero mais nem saber desse Traíra.
Peixe A: É... Acho que você tem razão... E, pensando bem, eu não ia mesmo alcançar a iluminação espiritual num dia só.
Peixe B: Quer dizer que...
Peixe A: Aham!!! Isso mesmo, parceira! TÔ INDO PRA LAMA COM VOCÊ! UHUUUUUUU!!! Peixitos, aí vou eu!
Peixe B: AEEEEEEEE!!!
É, de algum jeito a harmonia volta a reinar nos domínios de Poseidon. Ainda que seja no lodo.