terça-feira, junho 03, 2008

Resoluções de meio de ano

Oi, zentsi, tudo bem-nhê?


Vocês se deram conta de que já estamos em junho? Segunda metade de 2008!

Momento ideal para dar aquela vasculhada na memória e verificar como andam as famosas resoluções de ano novo!


Claro que nem todo mundo faz uma listinha de metas, pula 7 ondinhas, usa determinadas cores na virada do ano e tal. Mas até mesmo os mais céticos costumam pensar em alguma coisa que pretendem realizar – um curso, uma viagem, organizar o armário, dar uma aquecida numa relação que anda morna, whatever. Não é necessariamente uma questão de crença, é cronograma mesmo! As empresas também não fazem balanços de tempos em tempos? Então.


Eu, particularmente, considero sensacional a invenção do tempo em fatias. Se tivesse que pensar no futuro como um único bloco compensado de opções em aberto, provavelmente a visão seria tão assustadora por sua própria magnitude que eu me recolheria quietinha no passado, com medo de fazer escolhas equivocadas.


Bem mais fácil e seguro pensar nas coisas a curto prazo: se os planos não derem certo, no próximo ano eu invento um jeito novo de ser eu mesma.


Já nem me lembro de todas as minhas resoluções de ano novo, mas sei que tive que deixar quase todas (se não todas) de lado, em razão de circunstâncias totalmente alheias à minha vontade.


Devo admitir, porém, que estou razoavelmente satisfeita com meu desempenho, já que eu consegui resolver e dar conta de todas as questões inesperadas que surgiram, que acabaram se mostrando bem mais urgentes e necessárias que as minhas metas originais.


Não digo que seja agradável receber um banho gelado de realidade, deixando submersos numa névoa densa os meus combalidos sonhos. Por muitas vezes eu me vi profundamente desanimada, longe de vislumbrar uma saída. Sabe quando todo mundo diz: “calma, é só uma fase”, mas você simplesmente não consegue enxergar um meio de fazer a tal “fase” passar?


Enfim. Não sei se dá pra qualificar como uma solução, mas encontrei uma maneira de tornar as coisas mais leves, mais suportáveis: trazer para bem mais perto o meu horizonte. Tentar enxergar ao longe e não avistar nada além da neblina é sempre um desalento. Por isso adoto o lema do Alcoólicos Anônimos (onde, inclusive, já pensei algumas vezes em buscar socorro, hehehe): “um dia de cada vez”. Ainda mais fácil do que “um ano de cada vez”.


Anyway, fazer o balanço do primeiro semestre do ano e concluir que, apesar dos percalços, meu desempenho foi muito positivo, reavivou minhas forças para voltar a pensar em mim. Claro que isso não significa que eu pretenda deixar de pensar nas pessoas que ainda dependem de mim. Por mais que a responsabilidade tenha me atingido feito um piano de cauda despencado de um andaime sobre meu desavisado crânio, reunidos os destroços de mim mesma, não é do meu feitio fugir do que me cabe.


O que importa é que eu decidi cuidar de mim, de algum jeito, com ou sem grana, independentemente de atitudes desonrosas de quem devia estar carregando esse peso no meu lugar. Alguns projetos já estão em andamento, outros prestes a serem executados, outros em fase de elaboração.


A cada dia supero uma série de dificuldades. Quando vou dormir, eu sei que a maior parte dos problemas ainda vai existir quando o despertador tocar, o que talvez faça com que o verbo “superar” pareça um tanto inadequado à situação. Mas eu sei que supero, pelo simples fato de ainda levantar pela manhã, e de não ser uma pessoa constantemente surtada e insuportável (só de vez em quando, néam?).


Claro que escolher realizar determinados projetos implica em renunciar a outras coisas. Por exemplo, para enfrentar a segunda metade do ano linda e gostosa com 4 cm a menos de cintura e 4 kg a menos, precisei renunciar aos meus hábitos alimentares de ogra e adotar uma p*rra de uma dieta saudável. Saco.


Sabendo que eu sou muito mais forte do que sequer imaginava, fica bem mais fácil acreditar na minha capacidade de realizar meus planos de dominar o mundo ser feliz. Muahahahaha (gargalhada maquiavélica, esfregando as mãozinhas)...


Beijos