quarta-feira, junho 27, 2007

Não basta ler, tem que participar!

Estou na dúvida sobre qual dos textos a seguir devo publicar primeiro, por isso vou deixar que vocês, meus queridos 15 leitores (vejam só como o sucesso desse blog é crescente), façam a escolha por mim!


Votem!


Que texto você quer ver publicado no "Quem no Cosmos?"?

O segundo texto da série "Coisas que só acontecem comigo".

Um texto sobre como a minha tendência à monogamia sempre estraga minha vida de baladeira.

Um texto quase de auto-ajuda sobre como aprendi a gostar de quem gosta de mim.

Um relato sobre como o excesso de trabalho pode destruir minha sanidade e minha vida social.

Uma explicação sobre porque eu gosto dos gordinhos (sim, existe uma explicação!)

Nenhuma das alternativas. Simplesmente pare de escrever, Oksana.

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segunda-feira, junho 25, 2007

As 7 Maravilhas da Blogosfera

Sei lá qual foi o critério que a Clara utilizou para escolher o meu humilde confessionário como uma das 7 maravilhas da Blogosfera, mas, enfim, agradeço de coração.

Vamos às regrinhas e às minhas indicações.

1. Podem participar na votação todos os blogueiros que mantenham blogs ativos há mais de um mês;
2. Cada blogueiro deverá indicar outros sete nomes de blogs. A cada menção corresponde um 1 voto.
3. Cada blogueiro só poderá votar uma vez, e deverá publicar as suas menções no seu blog, enviando-as posteriormente para o seguinte e-mail: 7.maravilhas.blogoesfera@gmail.com. No e-mail, além da escolha, deverão indicar o link para o post onde efetuaram as nomeações. A data limite para a publicação e envio das votações é dia 01/07/2007.
4. De forma a reduzir alguns constrangimentos e evitar algumas cortesias desnecessárias, também são considerados votos nulos:
- Os votos em si próprio ou nos blogs em que participa;
- Os votos no blog "O Sentido das Coisas". No dia 7.7.2007 serão anunciados os vencedores e disponibilizadas todas as votações.

Seguem as minhas indicações, escolhidas pela qualidade dos textos e, a maioria, pela quantidade de risos que provoca cada vez que os leio:

1. Mulé Burra
2. RatazAna Também Ama
3. Lé-ri-bi
4. Sopa de Letrinhas
5. Babaquice Emocional
6. Branco Leone
7. Tiro na Nuca

Beijos


segunda-feira, junho 11, 2007

Série “Coisas que só acontecem comigo” – 1º capítulo

No ano de 2002, quando entrei na faculdade, terminei um namoro de 10 meses com um cara muito legal, que me amava e me respeitava e era fiel. Por motivos diversos, o relacionamento não me satisfazia mais. A paixão acabou, virou tudo uma chatice e eu queria viver fortes emoções. Pois bem, emoção não faltou quando eu me apaixonei, pouco tempo depois do término do namoro, pelo canalha-mor da faculdade, o Frango.

Nada muito novo, tendo em vista que paixões, em quase 98% da experiência no meu currículo, têm sido sinônimo de uma corrida com obstáculos de olhos vendados. Acabo sempre quebrando a cara.

Logo na primeira vez em que fiquei com Frango, já ganhei uma inimiga: a Vaca, que era a pseudo-namoradinha dele. Mas ele jurou pra mim que não tinha mais nada com ela!!! Eu fui uma vítima inocente!

Em poucas semanas eu descobri uma lista de dezenas de mulheres que o Frango já tinha traçado, e olha que ele nem era lá grande coisa! Mas o desgraçado tem uma cara de cãozinho perdido em mudança que comove mulheres estúpidas como eu, sabe como?

Numa certa festa promovida pela Associação Atlética da faculdade, Frango estava com uma das minhas sócias, a Taturana. Era uma criatura esquisita a menina, em minha modesta opinião, mas isso é só porque eu não vejo muito charme em sobrancelhas mais eficazes que um boné como anteparo para proteger os olhos da claridade.

Frango, em compensação, pagava um pau pra Taturana. Tudo bem, nem ligo, pensei. Eu aproveitaria a festa, eles que se explodissem, maldito casalzinho freak do caramba (imagina só um filhote de frango com taturana!). Eu só não queria era beijar algum cara da facul, a fim de preservar a minha reputação (já um tanto quanto abalada por conta do Frango).

De repente, eis que avisto um Gato. Moreno, sarado, sorriso lindo. E ele veio falar comigo. E não era da faculdade! Fazia Direito, é claro, porque era querer demais escapar dessa sina, mas estudava em outro lugar.

O Gato era uma graça e beijava bem, mas a minha cabeça (oca) estava longe dali... Pensando em depenar o maldito Frango, que havia sumido da minha vista. Se bem que também não seria muito fácil me encontrar no ponto recôndito em que me instalei com o Gato, justamente com o objetivo de não ser vista. Nem me importei quando o Gato foi embora. Continuei na festa com minhas amigas.

Não tenho nem idéia de que horas eram quando o Frango reapareceu. Sozinho. Com aquela cara de filhote órfão carente... Pare de me condenar. Não você, prezado(a) leitor(a). Estou falando com essa voz inconveniente na minha cabeça, que fica me chamando de trouxa.

Sim, sim, eu admito! Não resisti e fiquei com ele, assim que o Gato e a Taturana seguiram cada qual seu rumo. E o pior: fiquei feliz da vida! A voz na minha cabeça já está aos berros aqui.

Dias depois, estava matando aula no bar, ou melhor, confraternizando com o movimento estudantil num estabelecimento comercial próximo à faculdade, coincidentemente no horário em que algum professor insistia em manter o restante da turma presa entre aquelas quatro paredes opressoras. Frango também estava no mesmo estabelecimento, numa outra mesa, com amigos dele.

No momento em que eu e minhas amigas discutíamos algum assunto de extrema relevância para o futuro da humanidade, adivinha quem surge, moreno, sarado e com um sorriso lindo? Ele mesmo, o Gato. Interrompi a seriíssima discussão para comentar com minhas amigas, que olharam mui discretamente (sabe quando você diz “não olhe agora” e o interlocutor imediatamente vira a cabeça na direção para a qual não deveria olhar, antes mesmo que você termine a frase? Pois é, imagine isso com meia dúzia de interlocutoras tagarelas) e me disseram que ele era um gato. Como se eu já não soubesse.

Enquanto ele caminhava na direção de determinada mesa, eu fiz uma prece silenciosa - e que, evidentemente, não seria atendida - para que não acontecesse justamente o que estava prestes a acontecer. Se fosse com outra pessoa, eu poderia até esperar que a situação se desenrolasse de forma menos trágico-patética, mas... É óbvio que o Gato se dirigiu à mesa do Frango, que se levantou quando o viu. Os dois deram um abraço fraternal com aqueles tradicionais tapinhas nas costas, “daê, cara, beleza?”, e tal...

Até então eu ainda não havia decidido se me escondia sob a mesa ou me jogava da janela. Escolhi torcer para que o Gato não me reconhecesse (tolinha, como se fosse possível alguém esquecer Oksana). Não demorou muito para que o Gato olhasse em minha direção, e imediatamente comentasse algo com o Frango, que fez questão de responder em um tom de voz elevado o suficiente para que eu ouvisse do outro lado do mundo: “VOCÊ TAMBÉM???”

Em seguida todos naquela mesa riram muito, enquanto eu tentava cortar os pulsos, sem sucesso, com uma folha de papel. Antes de decidir cravar um palito de dente na jugular, convenci as meninas de que era hora de ir. O Frango e o Gato levantaram de seus lugares e, juntos, acenaram para mim, em despedida.

Pouco tempo depois eu saberia que os dois eram amigos de infância, vizinhos de porta. Não lembro qual dos dois me contou... Porque eu continuei ficando com um e outro, aleatoriamente. OK, agora essa voz repressora da minha consciência está começando a me dar nos nervos. Que desagradável. 

Moral da história: aposto que se o plano fosse pegar um cara e, na mesma noite, o seu melhor amigo, eu falharia. Como a idéia, entretanto, era de manter um low profile, só faltou sair minha foto na capa da revista "Fuças".

Enfim, essa foi apenas uma daquelas coisas que só acontecem comigo. Não perca os próximos capítulos, aqui, neste mesmo canal.

Beeeeijo

quarta-feira, junho 06, 2007

Ciça Fadinha e outras alucinações

Já que o orkut - maldito seja - não me deixa transformar o scrap de aniversário em depoimento, como Cecílios me pediu, transformo em post.

"Amore mio, já te disse isso hoje, bem no comecinho do seu dia, mas não custa repetir (agora, e mais tarde novamente). FELIZ ANIVERSÁRIO!!!

Ci, você é tão especial na minha vida que eu nem sei explicar. Não tem nem mais graça enumerar tudo de bom que eu desejo que te aconteça. Também não fica bem escrever em detalhes o que eu gostaria de fazer com as pessoas que eventualmente te magoam (palavras como esquartejamento não são lá muito bonitas).

Mas, enfim, o sofrimento infelizmente é parte integrante da caminhada nessa Terra, então eu desejo que você aprenda rápido as lições que ele tiver pra te ensinar, e que assim ele passe logo. As alegrias, por sua vez, desejo que sejam sempre intensas e duradouras. Então, além de todo o kit-aniversário que você já conhece (saúde, paz, amor, grana, sucesso, alegria, hum... ehmm... você sabe o que mais... etc.) desejo que hoje, ao olhar no espelho, você consiga ver o que eu vejo: que você é linda, dona de uma beleza que vai muito além dos olhos verdes e brilhantes emoldurados pelos cílios mais longos do mundo (espera só até o Guiness te descobrir).

O que há de mais lindo em você não é visível a olho nu, mas não precisa de olhos para ver. Por ser difícil demais de definir e exigir mais caracteres do que o orkut está disposto a me oferecer, vou chamar, simplesmente, de essência. E é por conhecer a sua que eu te amo muito! Minha Ciça Fadinha: parabéns, e grata por você existir!"

Aí está, a minha singela homenagem a uma das minhas melhores amigas nessa vida.

Daqui pra frente, tente acompanhar o texto, porque pretendo mudar bruscamente de assunto a cada parágrafo. Acabei de chegar da baladinha de comemoração do aniversário de Cecílios. Depois de ter ficado acordada até as 4h30min trabalhando no projeto secreto, ter ido trabalhar às 9h... Ok, às 10h, eu confesso. Mas isso é o de menos, porque eu trabalhei muuuuito, e me estressei como de costume. Na verdade acho que preciso dar outro nome pra isso, estresse já não serve mais. Meu trabalho é uma descarga diária de adrenalina, mas o pior (ou o melhor?) é que eu estou gostando.

Até pouco tempo eu achava que a narcolepsia era o distúrbio neurológico que mais combinava comigo. Porém, diante de minha rotina caótica, passei a manifestar graves sintomas da Síndrome de Tourette, especificamente caracterizados pela coprolalia. Em parte, a responsabilidade é da Brunilda, minha querida colega de sala. Quando eu entrei no escritório, inaugurando meu lindo número da OAB, cuja soma dos algarismos dá 9, eu queria apenas ser uma advogada séria e respeitável. Mas a Bruna, com aquela cara de santa, em pouquíssimo tempo de convivência se mostrou uma experta na arte do tabuísmo.

Aliás, está aí uma virtude da qual o Cosmos, injustamente, não me dotou: o dom de ser uma pessoa cruel com aparência cândida. Quase invejo a Bruna...

Então, o que acontece é que não consigo mais pronunciar uma frase referente ao trabalho sem meter (ops) nela alguma obscenidade. É sempre um "p.. que pariu, mais uma p... de uma contestação com a b... da carta de citação juntada com a m... da data retroativa! Car..., só me f... mesmo, viu? Atomanoc... esse cartório filho da p... E esse corno lazarento que não me envia logo as malditas informações do cac...? Apap...quepariu!".

Houve um grande desvio na narrativa, mas pouco importa. De fato, o que interessa é que nesta terça-feira eu trabalhei feito uma camela (mas não tão charmosa), mais calada do que o normal (quase não xinguei) e nem sequer exerci minha função subsidiária de DJ do calabouço. Encerrado o horário de expediente, no entanto, retornei à execução do projeto secreto e consegui terminá-lo somente às 20h30min, quando eu já estava absolutamente solitária no escritório e cada barulho distante soava incrivelmente semelhante a manifestações fantasmagóricas.

Vim para casa, tomei um banho e, após uma produçãozinha básica, fui buscar a Lauandeeeeeeeeeeeeee na casa dela e fomos então para a Eon. Oh, Lord... Música eletrônica em plena terça-feira... O que eu não faço por uma amiga que eu amo?

A grande surpresa, porém, foi que eu me diverti e dancei e me diverti e fui parar no camarote e me diverti e dancei e vi o Eliúd... Huahahahahaha... Que droga, só existe uma pessoa para quem teria graça contar isso, mas eu teria que pedir auxílio a um médium para me comunicar com o além.

Aliás, isso me fez lembrar de domingo passado no Menina dos Olhos. Fila no banheiro feminino e a conversa entre desconhecidas começa a se desenrolar, como de costume. De início, há sempre aquela que toma a iniciativa de se queixar por ter esperado tanto tempo antes de ir ao banheiro e agora ter que ficar torcendo as pernas, e tal. Não sabemos exatamente como esse tópico muda para uma discussão sobre a (má) qualidade da cerveja vendida no local, muito amarga, coisa pra macho mesmo. Da cerveja, não se sabe ao certo como foi que uma das interlocutoras foi parar na questão de só conhecer homens fumantes, e outra reclamar que, ao contrário, não acha um cara que fume, e que o ex-noivo largou dela porque ela não quis abandonar a cerveja e o cigarro.

Uma sai fechando o botão da calça e pergunta: "como é que é?", e aquela começa a explicar: "então, o meu ex, o amor da minha vida... ou melhor, aquele filho da p... desgraçado que eu quero mais é que morra!!!"

E todas caem na gargalhada... Uma grita de dentro da cabine que só chama o seu de falecido, eu explico que, se for muito necessário lembrar que ele existe, refiro-me ao de cujus como "aquele cujo nome não pronunciamos", e antes de chegar a minha vez de fazer xixi ainda ouço uma dizer que o dela é intitulado de "já morreu".

Voltando à noite de hoje, ah, foi ótima mesmo, e de repente eu tive a idéia de ir falar com Eliúd e ver mais de perto aquelas bochechas, contar que eu escrevi no orkut aquelas coisas desagradáveis sobre ele sem ao menos conhecê-lo, mas que foi tudo porque eu estava apaixonada (não por ele, é claro), enfim, a gente perde a noção das coisas. E que agora que eu readquiri a noção anteriormente extraviada, eu gostaria de esclarecer que tudo não passou de uma brincadeira e que eu não queria correr o risco de levar um pandô voador por conta de uma inimizade boba.

Claro que, enquanto eu pensava nisso e ria sozinha, o cara foi embora e eu fiquei lá com Lu, Ci, Mel, as outras amigas monossílabas já tinham ido embora, mas tínhamos ainda Double, Dodô e minha maravilhosa bota com seu salto fino de meio metro de altura e aquela cãimbra que tinha acabado de voltar pro meu pé. Alguém me disse que é falta de banana e eu respondi: "Sabe que até que não? Ah... A fruta... Potássio, entendi". Brincadeirinha gente, isso tudo é só resultado da minha imaginação que não quer me deixar dormir às 5h da manhã...

E no meio de toda a digressão, muitos episódios interessantes ocorreram, os melhores, provavelmente, dentro de minha mente sórdida. O que seria a parte mais deliciosa da narração é sempre impublicável. Humpf. Anyway, o projeto secreto está concluído e agora só resta esperar que ele chegue, lá pelo fim do mês. Muito tempo!

E agora, para a cama, onde passarei as próximas 3 horas. Durante o dia, espero me lembrar de reler este post e decidir apagar tudo, exceto a declaração de amor para Cecílios, antes que mais alguém leia toda essa bobagem.

Beeeeijo, outro, tchau.