domingo, dezembro 25, 2005

Desventuras em série

Há alguns dias fui tomada por uma estranha ansiedade, uma sensação incômoda e difícil de explicar. Estou achando que a tal crise de final de ano é coisa de adulto, e que até o ano passado eu ainda era criança. Penso que a nossa cultura de comemorar o início de cada ano, somada à rigidez dos prazos aos quais a nossa rotina está atrelada, faz com que eu (e a maioria das pessoas, imagino) enxergue cada um desses ciclos de 365/366 dias como o prazo que eu tenho pra concluir os projetos iniciados. Assim, quando se aproxima o fim do prazo (lá pela metade de dezembro), vai surgindo um desespero por saber que não vai mesmo dar tempo de fazer tudo a que me propus desde janeiro: emagrecer, guardar dinheiro, ser mais organizada, pagar minhas contas etc.
E à medida que esse desespero aumenta (com o passar dos dias de dezembro), mais e mais eu desejo ardentemente que chegue o novo ano. Porque assim o prazo se renova: tenho doze meses pra emagrecer, guardar dinheiro, ser mais organizada, pagar minhas contas e ainda, quem sabe, conhecer alguém legal, sossegar um pouco, diminuir o ritmo de baladas, dar um rumo pra minha vida profissional etc.
Acaba logo 2005!
Esse ano não foi dos melhores pra mim. Desventuras em série não foi só o nome de um filme muito chato que vi com o Sinho e a Bibi num dia em que pretendíamos assistir ao Closer, mas a sessão estava esgotada. Não. Desventuras em série foram a definição da sucessão dos meses de 2005 pra mim. Não foi de todo ruim, é claro. Fiz novas amizades e estreitei os laços com pessoas por quem tenho o maior apreço. Descobri que trabalhar é legal (desde que em doses homeopáticas). Desenvolvi mais e mais o meu dom da versatilidade, de me adaptar aos mais diversos ambientes, mantendo assim amizades com pessoas que não têm absolutamente nada a ver umas com as outras. Fui a lugares onde toca hip hop, samba, pagode, funk, rock, jazz, psy, house, forró, country, sertanejo(!), MPB e até axé (ugh). Aprendi algo sobre tolerância, que é o recurso que me resta quando não consigo mudar o que detesto numa pessoa. E como sempre, percebi que toda experiência é válida, e que na pior das hipóteses um dia eu vou rir disso tudo. Aliás, percebi que as situações mais desagradáveis se transformam, superado o trauma, nas melhores piadas. Evidente que, para tanto, o sarcasmo impiedoso é imprescindível.
Pra que essas valiosas lições de vida pudessem enriquecer minha experiência, aconteceram coisas que me fizeram sofrer, chorar, desesperar, desacreditar, perder a confiança, me estressar, engordar, me indignar, me humilhar, errar, pedir perdão, perdoar, esquecer, me perder e reencontrar o caminho... Hoje já posso rir de quase tudo isso. Quase.
A ceia de Natal desse ano representou exatamente esse espírito de fim de ano: foram inúmeros preparativos – compras, presentes, um exagero de comida, roupa de Papai Noel etc – para a família se reunir por algumas horas em que cada um desejava mais do que tudo ir pra sua própria casa (com exceção da anfitriã, que só desejava que todos fossem embora e, de preferência, alguém ajudasse com a louça suja antes). Aquela balbúrdia, barulheira, crianças correndo, gritando, gargalhando, chorando, brinquedos eletrônicos made in China tocando musiquinhas insuportáveis...
E a hora que acaba... É um alívio! Num episódio de “Grey’s Anatomy” que eu vi ontem, a Meredith conclui dizendo algo assim: “Por que a gente continua martelando a própria cabeça? Porque quando a gente pára é tão bom!”... Não há nada tão reconfortante quanto o silêncio da madrugada depois de uma noite em que tantos sons de diferentes vozes e instrumentos e aparelhos disputam espaço em nossas mentes...
Esse ano eu insisti muitas vezes em padrões de comportamento que me conduziram invariavelmente à culpa e ao sofrimento. Sei exatamente como evitar tão indesejáveis resultados. Por que, então, me privar da solução? Por que não faço o que é melhor pra mim?
Dessa vez, só pra variar, resolvi começar a transformar minha vida aos pouquinhos, nada de radicalismo. Decidi que vou respeitar mais as minhas escolhas, e me afastar de quem se recusar a fazer o mesmo, ainda que isso signifique diminuir o contato ou até cortar relações com pessoas de quem eu gosto. E comecei isso antes do ano acabar. Não é minha promessa de ano novo. Não é uma meta da qual eu posso desistir em fevereiro, em pleno carnaval. Não é um objetivo: é uma necessidade. Antes de agradar a quem quer que seja, vou cuidar de me fazer feliz.
A minha providência de hoje nesse sentido foi deixar minhas amigas de lado, por mais que eu quisesse vê-las. Resolvi que não ia me dispor a programas furados, cansativos e desgastantes apenas pela companhia delas, ainda que eu quisesse muito dar um abraço em cada uma delas. Mas não a qualquer preço, não em qualquer lugar e sob quaisquer circunstâncias. Não se não fosse legal pra mim. Mesmo estando na rua, com dinheiro no bolso e dirigindo um veículo automotor com combustível suficiente pra alguma aventura maluca que elas inventassem.
Optei pela simplicidade de uma conversa boa com um grande amigo. E voltei pra casa satisfeita.
Não vou mentir e dizer que não alimento a ingênua expectativa de que as coisas serão melhores no próximo ano, mesmo que racionalmente eu saiba que não há fundamento lógico que justifique essa crença. Sim, eu tenho aqui comigo muitos sonhos, e espero de verdade poder realizar o máximo possível deles no próximo ano. Mas acima de tudo, o que espero pra 2006 é acertar nas minhas escolhas. Porque o futuro é sempre um infinito de possibilidades, e isso é assustador, mas ao mesmo tempo maravilhoso.
Desejo um Natal iluminado e que todos sejam felizes em 2006!
Beijos

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Segredo

Sabe aquele olhar de mistério, aquele quase sorriso no canto da boca, aquele ar de quem tem um segredo?

...

Pois é, eu tenho.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Essa minha ausência...

Ando ausente, eu sei. Mas não é só do blog. Reclamam da minha ausência nas festas, no bar, nas conversas. Estou um pouco ausente de mim, penso eu.
Mereço um desconto por causa do estresse inerente à famigerada "semana de provas". Eu já disse que não é por falta de conhecimento técnico que eu colo (nem por caridade que eu passo cola), mas tão somente como forma de protesto contra esse sistema arcaico, injusto e limitado de avaliação (hipócrita, eu?).
Mudando de mala pra SACO, eu sei que é bem mais cool dizer que não se gosta do Natal, das festas de fim de ano, do clima de renovação, blá blá blá. Mas, correndo o risco de parecer menos super bacana do que eu realmente sou, assumo: eu gosto do Natal. Adoro reunir a família, dar e ganhar presentes. É dando que se recebe. Isso não é sacanagem, foi um Santo que disse.
Todo ano é a mesma coisa: digo que não entro mais nessa furada de amigo-secreto, e quando vejo lá estou eu sorteando o papelzinho, e invariavelmente eu tiro o meu próprio nome. Antes de trocar por outro (o único que resta), não deixo de pensar que isto deve ser um sinal de que eu mesma provavelmente seria a única pessoa que acertaria na escolha do meu presente.
Pior ainda é o amigo-secreto informatizado da galerinha "Mud". As mensagens anônimas por e-mail podiam bem ser apenas uma facilidade na aproximação das pessoas. Mas apenas vêm demonstrando como o anonimato funciona como a válvula de escape ideal para os covardes hipócritas botarem as garras de fora. O negócio tá pegando fogo e eu já apelidei de "inimigo-secreto".
Essa correria de fim de ano é outra coisa que me cansa. O meu ritmo é reconhecidamente lento. Meu metabolismo é lento. Eu acordo de verdade só umas duas horas depois que eu levantei (esse tempo diminui se eu acordar no horário ideal, qual seja, depois das 11 horas). Eu não gosto de planejar coisas com antecedência, não gosto de dormir cedo, não gosto de alugar casa com antecedência de 3 meses pra passar o ano novo, nem de escolher e comprar os presentes antes de começar a loucura nos shoppings, ou estudar para as provas o suficiente pra não pegar final.
Gosto mesmo de seguir meus instintos, a adrenalina de decidir no último momento se vou ou não, pra onde e com quem eu vou, que alternativa da questão eu marco. Confio que algum colega me dará uma dica durante a prova ou que receberei uma inspiração divina pra descobrir, no contexto atual, quando se aplica o Protocolo de Genebra de 1923 no Brasil. Sim, é evidente que muitas vezes isso não dá certo. Mas quando dá, a alegria compensa! Não tem coisa melhor do que tirar 10 numa prova de Civil sem saber patavinas de falência, apenas lendo o Código e aplicando meus conhecimentos jurídicos genéricos (e nem precisei colar!), sendo que outras pessoas, pra tirar o mesmo 10 ou até menos, se mataram de tanto estudar enquanto eu assistia aos meus seriados favoritos e tentava decifrar enigmas de joguinhos estúpidos em flash.
Mas pegar a final com o catarina... Ah, isso me deixou frustrada demais. E esse post está péssimo e absolutamente sem sentido, então vou terminar por aqui, porque não há nada tão ruim que não possa ficar pior. Já estou com uma idéia boa na cabeça... Que vai ficar pra um outro dia.
Beijos.

segunda-feira, novembro 21, 2005

Sorry!

Não estou aqui em razão de ameaças que venho sofrendo por parte de amigos desnaturados, mas pelo dever imposto pela minha própria consiência de prestar algum esclarecimento aos meus queridos leitores.
Como bem sabem aqueles que me conhecem um pouquinho que seja, escrever é pra mim mais do que um passatempo e um prazer, é um vício. Entendam, portanto, que estou sofrendo os sintomas de uma grave síndrome de abstinência, porque o meu instumento de saciedade está, mais uma vez, longe de mim.
Meu computador deu pau de novo, dessa vez foi a placa. Não sei bem que placa é essa, mas creio que deve conter a seguinte inscrição: "URUCUBACA FORTE"
Não me culpem, portanto. Culpem o técnico que amplia o prazo de devolução do bichinho a cada dia. "Sexta-feira à noite, no máximo". "Segunda-feira, com certeza". "Só Deus sabe".
Portanto, como so tenho acesso ao fantástico equipamento disponibilizado pela faculdade (que utilizo neste momento com extrema dificuldade, já que algumas teclas precisam ser pressionadas pelo menos 3 vezes pra que algo apareça na tela, sendo que o que aparece nem sempre corresponde ao símbolo gráfico indicado pela referida tecla) ou no meu estágio, local que freqüento com parcimônia (essa semana só quarta-feira à tarde darei o ar da graça), imaginem a quantidade de e-mails aumulada na minha caixa de entrada. Tudo bem que metade é spam, e o restante se divide entre piadinhas sem graça, mensagens positivas, fotos de crianças desaparecidas que já devem estar com 35 anos de idade, e inutilidades de todo tipo. E um ou outro convite a ser, talvez analisado com carinho. Não sei nem porque ainda abro essa porcaria.
E, é claro, como em ambos os locais de acesso à internet super lenta, o Orkut é bloqueado, de modo que eu nem tenho idéia do que anda acontecendo por lá. Já não vejo mais nem razão pra ir pra balada, porque sei que nao vou poder chegar às 4h da manhã e ficar fuçando a vida alheia.
Muito triste. Isso dói, sabe? A sensação de exclusão social, a distância do mundo virtual, a carência de uma necessidade inventada... Está sendo mais difícil que eu imaginava que seria. O que me consola é a TV. A cabo, é claro, porque se além de tudo eu tivesse que assistir à Sessão da Tarde com certeza não teria forças para suportar e sairia de casa... Acabaria me tornando uma dessas pessoas otimistas que vêem graça na vida, que saem pra passear em parques, ouvir o canto dos pássaros (durante o dia, e não voltando da night), observar as flores desabrochando e sentir o sol na pele.
Eu seria facilmente intoxicada pelo pólen e a minha pele não resistiria à exposição aos raios solares depois de tanto tempo de reclusão. Posso até me imaginar murchando no meio do parque, ressecando, e os otimistas bateriam palmas pensando ser uma apresentação de teatro ao ar livre. Gente estúpida.
Vou pra aula agora. Aguardo ansiosamente pelo retorno do meu PC, pra eu poder contar pra vocês, se ainda lembrar alguma coisa, dos Jogos Jurídicos em Poços de Caldas-MG, ou pelo menos o resultado da minha análise: MINEIROS X PAULISTAS X CARIOCAS, bem como suas respectivas técnicas de abordagem num ambiente altamente competitivo.
Fico por aqui, beijos a todos. Torçam por mim. E perdoem a eventual falta de caracteres no texto, a culpa é dessa p*§# de teclado.

quarta-feira, novembro 09, 2005

Breve relato...

Aliás, breve o catzo, que vocês já me conhecem e sabem que uma coisa que eu não tenho é poder de síntese! Se tem preguiça de ler mais do que 3 parágrafos vá ler gibi da Turma da Mônica (nada contra, eu também leio, hehe)! Então: longo relato de um dia de rotina alterada e maltrato ao meu pobre e vulnerável organismo (se isso é o título imagina o texto).

Antes preciso contar que não trabalhei ontem, nem segunda-feira. Não porque eu seja uma estagiária relapsa, mas o caso é que o meu estágio é o melhor do mundo, e o meu chefe é o melhor do mundo, e os meus colegas são os melhores do mundo. Então nessa semana eu só precisei aparecer hoje à tarde, e volto sexta-feira pra trabalhar o dia todo. Dureza né? Nem sei como tenho tanta disposição!

Então. Ontem acordei às 14h30min, meu recorde em dias de semana sem ter saído na noite anterior. Acordei, fui esquentar o rango, almocei às 15h e passei o resto da minha tarde super produtiva na internet ou assistindo às reprises das séries que estrearam essa semana (na noite anterior eu tinha ficado até às 3 da manhã assistindo, mas não dá pra ver a Sony e a Warner ao mesmo tempo! Porcaria de televisão com recursos limitados!).

Como a mommy tinha planos para a night e para tanto iria utilizar o único meio de locomoção da família, tive que recorrer ao bom e velho (mais velho do que bom) Interbairros I. Considerando que o bicho passa de 40 em 40 minutos e dependendo do engarrafamento e do tempo de parada pro lanche do motorista (!) pode demorar até 50 minutos pra ir do meu bairro até a faculdade, e tendo em vista ainda que eu só saí de casa depois que terminou o episódio (que, diga-se de passagem, eu já tinha visto) de Will & Grace, às 19h30min, foi praticamente um milagre eu chegar a tempo de presenciar os últimos 20 minutos da aula de Ética Profissional, e ainda ganhar 4 presenças (duas de ontem e mais duas de tempos atrás que eu choraminguei pro professor: “Profeee, se eu levar essas duas faltas eu reprovooo”... “Ta bom, Oksana, ta bom”. Quantos pontos eu perco em Ética por essa conduta desavergonhada?).

À tarde algumas amigas haviam tentado me convencer a ir jantar na Batel Grill, convite ao qual eu recusei por: estar sem dinheiro, gorda e sem vontade. Quanto ao 1º motivo, disseram-me, “dinheiro não é problema”. Claro que não, afinal, de problema eu to cheia. Sobre o 2º, garantiram-me: “Você não está gorda, está gostosa”... O 3º não foi problema porque era mentira mesmo. Quando que eu estou sem vontade de me acabar de comer? Hein?

Mas ainda restava a questão da 2ª aula, na qual eu não podia mais ter falta. Pra isso eu deixei um bilhetinho na mesa do professor depois do 5º minuto de aula: “Professor, precisei sair mais cedo em razão de problemas de família, e peço encarecidamente que o Sr. me dê presença! Grata”. Entenda-se: minha família é um tanto problemática, e em razão desses dramas particulares eu compenso minhas carências e desequilíbrios emocionais na compulsão alimentar! Viram? Não menti coisa nenhuma (e minha nota em Ética vai ficando cada vez mais negativa).

Depois do exagero habitual no rodízio, onde ingeri quantidade de carne e massas suficiente pra alimentar uma família por pelo menos uma semana (que pecado! Ainda bem que eu não sou católica e me confesso só no blog mesmo!), pensei que não conseguiria caminhar até o carro da minha amiga, mas resolvi esse problema rolando até o estacionamento. As meninas ficaram botando pilha pra gente ir pra outro lugar, mas eu tinha que acordar cedo hoje pra ir pra aula.

Mas como que eu ia pra casa dormir? Fazia ainda muito pouco tempo que eu estava acordada! Somando isso à minha incapacidade de dizer não... Parti rumo a um destino incerto. O Basset estava fechado, assim como o Moça Bonita, e no Muqifo só tinha um casal... Resolvemos arriscar jogar um charme pra entrar na faixola no John Bull. E não é que deu certo? O segurança arranjou uns convites VIP pra gente. E a noite rendeu pra loira, e eu e a brima ficamos mega satisfeitas com isso (significa a inclusão de um novo assunto na pauta de discussões diárias, porque o “ex” é um tema esgotadíssimo e por demais enfadonho).

Voltei pra casa umas 4h, mas ainda estava sem sono. Fiquei então escrevendo o texto que prometi faz tempo pras amigas do “Metendo o pau”, e depois fuçando em alguns blogs. Às 6h fui tomar banho, deitei às 6h30min e ainda fiquei rolando um tempo na cama: os malditos passarinhos cantando e a luz do sol atrapalharam meu soninho. Anyway, tive que levantar às 8h pra ir pra aula. Na 2ª aula tivemos apresentações de trabalhos, coisa mais desempolgante da história acadêmica, e o profe avisou que não ia fazer chamada. Eu pensei em ir embora, mas o velho Interbairros ia me deixar em casa muito perto da hora do almoço, e nem ia dar tempo de uma soneca.

Como eu tinha combinado de almoçar com o Sinho, resolvi dormir na sala mesmo (carteira desconfortável! Vou reclamar na avaliação semestral da instituição!). Eis que recebo uma mensagem do Sinho avisando que não ia mais almoçar comigo. Tudo bem amore, mas não podia me avisar isso ANTES do meio dia? Quando a aula já tinha acabado e a mommy já estava almoçando com o meu pequeno irmão e não podia me buscar? Considerando que tinha que estar no Tribunal às 13h, não me restava alternativa se não pegar o velho verdão e ir direto sem almoçar. E sem dormir! Imagina o bom humor! Por muita sorte mommy me ligou depois de terminar de almoçar e foi me resgatar (o que seria de mim sem ela?) e fui comendo um sanduba no carro mesmo.

E aqui estou, no fim do expediente, e não pretendo dormir tão cedo. Agora vou pra aula, só pra responder a chamada (esse negócio de aula é pra quem tem dificuldade e minhas notas vão bem, obrigada!), e volto correndo pra casa pra ver o primeiro episódio da 3ª temporada de The OC! Estréia imperdível!!! Tô ansiosa!

Bom, gentemmm, é isso. Agradeço a todos os comentários, peço desculpas por não tê-los respondido, é que ainda não descobri como se faz isso no Haloscan... Ignorante, eu?Beijos,

sexta-feira, novembro 04, 2005

Demorou mas voltei

E o que a gente faz quando o passado bate à nossa porta trazendo consigo uma bagagem de doces lembranças de um futuro que não chegou a existir? Por mais que eu tenha superado, por mais que as causas impeditivas sejam aparentemente intransponíveis e eu mesma duvide, na maior parte do tempo, de algum resquício de desejo em mim, não há como negar que algo aqui dentro se reacende com cara de esperança. Não sou de ferro né? A única coisa que me conforta nessa história toda é perceber, ainda que tardiamente, que eu não pirei sozinha. Que não foi, como algumas pessoas quiseram me convencer, uma ilusão, um amor platônico, um devaneio de mulher carente. Algo de verdadeiro e muito intenso existiu entre nós, não é verdade? Algo que marcou em você tanto quanto marcou em mim, e permanecemos assim, na lembrança um do outro, como um sonho bom que a gente acorda na melhor parte, depois volta a dormir e não consegue mais sonhar de novo. É muito bom saber dessa estranha ligação que ainda nos une depois de tanto tempo, que sinto que de alguma forma sempre vai haver entre nós... Mesmo que a gente ignore, que a gente finja, que a gente lute. Tem gente que passa a vida tentando encontrar esse sentimento, essa conexão que a gente alcançou em uma noite de conversa da melhor qualidade, que a gente fortaleceu com o beijo mais apaixonado do mundo, que a gente alimentou com orgasmos sincronizados, que a gente desperdiçou num até logo que não teve mais volta, numa manhã cinzenta, debaixo de chuva, ouvindo a música que ainda ia virar sucesso. Eu vivo repetindo que nada acontece por acaso, não sei se é porque eu acredito ou porque quero me convencer disso. Será mesmo que estaríamos juntos até hoje se você não tivesse ido? Ou será que você ia descobrir o quanto eu sou chata na TPM, o quanto detesto ser contrariada, e como é grande a minha falta de habilidade pra lidar com críticas? Será que você ia se cansar das minhas manias, ia odiar assistir a seriados e comédias românticas comigo, e eu ia perder a paciência com você tirando sarro do meu time? Será que eu ia deixar de aturar as músicas que você curte, e que você não ia suportar a idéia de me ver dançando funk? Será que você ia achar que minhas amigas só saem pra caçar homem e eu ia achar seus amigos uns bêbados gordos insuportáveis? Será que eu ia cansar das suas lamúrias e você ia se frustrar por não encontrar apoio em mim? Será que você morreria de ciúmes dos meus amigos, ou que eu me afastaria de meus amigos por sua causa e me sentiria, sem eles, incompleta? Será que a gente ainda ia procurar um ao outro na cama depois de uma briga boba porque eu te chamei de velho? Será que nosso amor sobreviveria à rotina? Será que o que nem tempo nem distância foram capazes de apagar esmoreceria diante das mazelas do dia-a-dia? Ou será que a gente ia continuar conseguindo superar todas as dificuldades só pelo fato de saber o quanto é difícil (ia dizer impossível, mas quero crer que não seja) encontrar um encaixe tão perfeito, de corpo, de alma, de risos, de formas de pensar, de mãos, de jeitos de amar? Creio que não chegaremos a descobrir. Nossos caminhos se distanciaram demais, e hoje você não pode abandonar tudo o que há de certo e concreto na sua vida em razão de um “será?”... Eu mesma não arcaria com as conseqüências, é responsabilidade demais pra se embasar num “talvez”. Mas... No fim de todas as nossas tristes conclusões existe sempre um “mas”... Seguido de frases vagas, clichês (se tanta gente usa, deve haver alguma razão)... Nunca se sabe... O mundo dá voltas... A gente não sabe o dia de amanhã... Não cuspa pra cima... Nunca diga nunca... Tudo pode ser... Amanhã pode acontecer tudo, inclusive nada.

segunda-feira, outubro 24, 2005

Ai, cara... Pra quê? Isso não é normal...



Sexta, eu, o Sinho e a Lu rimos da bizarrice alheia no Alice Bar, ao som de música cubana. Sábado à tarde, o trio se reuniu novamente, e passamos a tarde brincando com as crianças na APACN. A melhor coisa foi ver o Felipe, que chegou tristinho, com uma carinha de dodói, abrir um sorrisão quando eu mostrei como era legal pegar a espada de bexiga feita pelos escoteiros e usá-la pra bater na cabeça do tio Bernardo. Depois, é claro, o feitiço virou-se contra a bruxa má e eu passei horas levando na cabeça. Mas o menino estava tão feliz! E eu e o pequeno Éder brincamos um tempão de produzir acidentes catastróficos com os carrinhos. Por que será que lendo agora o que acabei de escrever tenho a impressão de que sou um péssimo exemplo pras quiancinhas?
À noite fui com algumas Fischers assistir ao espetáculo “Homens”, em que um elenco de quatro caras faz piada sobre o fato de o universo masculino girar em torno do pênis. Mulher, sexo, futebol, cachaça, sacanagem... Só isso que eles têm na cabeça (foram ELES que disseram). Mas espetáculo mesmo é um dos atores, moreno, lindo, bocão, covinha na bochecha... Ai, ai, as Fischers suspiram...
Dali fomos para o mercado, e juro que nunca tinha visto tanta gente com carrinhos cheios de bebidas como na véspera da lei seca. Só porque não pode fica irresistível. Eita povo. Tivemos então que ir ao Subway pra Paula alimentar as lombrigas. Ô criatura esfomeada, nunca vi! Mas é lógico que eu e a Ciça, pessoas altamente influenciáveis, só de sentir o cheiro, nos sentimos obrigadas a dividir uma metade de sanduíche.
Finalmente fomos pra casa da Lê, não sem antes perdermos uma meia horinha no carro fazendo o make-up báaaasico.
Sem comentários sobre a festinha na Lê... Ouvi dizer que pessoas dançaram no balcão e que existem fotografias. Óbvio que eu não acreditei, mas se alguém tiver informações a respeito, favor entrar em contato antes de divulgar as imagens (pago bem). A síndica, super out, não soube curtir o momento e acabou com a festa com uma conversa chata de multa. Maldita seja. Mas aí a gente foi pra outra casa, e às sete e meia da manhã o anfitrião não queria deixar a gente ir embora, disse que até ia buscar pão fresquinho se a gente ficasse mais.
Resistimos com muito custo a tão generosa oferta e fomos embora, não sem antes termos um leve empecilho na BR, quando uma placa de PARE se atirou diante do carro do meu amigo Atropelandro. Gente, que coisa, tô começando a achar que é alguma coisa comigo! Canteiros, placas... Não, não é porque meus amigos não respeitam o slogan: “Se beber, não dirija”. Nada a ver.
Tudo bem, né, o que é um pára-choque afinal? O importante é que não foi nada grave e que eu não pretendo mais entrar naquele carro! Não dá mesmo pra confiar no véio Barboosa... Nem respeita as pessoas que estão dormindo no sofá durante a festa!
Chega de falar dos fiascos, aliás, chega de tudo. Vou dormir. Fica desde já pré-marcada uma reunião das Fischers em data, horário e local a serem definidos, durante essa semana (de preferência amanhã, no horário da aula, na praça de alimentação), com o objetivo de reconstituir os fatos...
Beijo pra tooodo mundo porque eu tô me sentindo bem espontânea (adotei mesmo, Bubu, hehehe)!

sábado, outubro 22, 2005

Tente não levar muito a sério...

Cheguei com vontade de escrever, de expressar o que estou sentindo, mas eu não sei... Não com palavras. Não sei com que palavras se traduz o que não se compreende.
Às vezes seguir impulsos é tudo que se tem a fazer, mas na maior parte das vezes a gente não deve mesmo deixar que atitudes impensadas destruam sólidas estruturas que nos abrigam da torpeza do mundo. Não, não sem antes entender. O que é isso afinal? Não devia ser difícil simplesmente perguntar: pra onde estamos indo? Aonde você quer chegar? O que realmente espera de mim? Não, não devia ser nada difícil, não pra nós. Mas se é assim, é porque não deve ser. Não é?
Acho que isso tudo parece muito com a tradução de alguma música que eu cantaria em inglês, mas em português fica simplesmente tão estranho... Tão estranho quanto traduzir o que a gente sente.
E de qualquer modo a questão se resume a: será que vale a pena? Eu não sei, e não saber me faz achar que não, porque eu gosto muito das minhas certezas, e ainda mais das minhas dúvidas. Dá pra entender? Se der, você me explica, por favor.

Beijos...

quarta-feira, outubro 19, 2005

SURPRESA!!!

Ah, minha amada e fiel meia dúzia de leitores... Vocês nem imaginavam, mas durante esse período em que se manifestou em mim uma preguiça absurdamente insuperável de escrever, eu estava na verdade me resguardando... Era o prenúncio de novos tempos!
Uma casa nova! Graças a um apelo desesperado lançado ao ar, num dia em que fiz uma bobagem com meu antigo template, ELE se ofereceu pra me ajudar e... tcharam! Aqui está o resultado! Escolhi essa imagem porque o Pequeno Príncipe é TUDO né, não? E essa ilustração me faz lembrar muito de mim, contemplando o universo e perguntando pra mim mesma: “Quem? Quem no Cosmos?” É uma questão que permanece sem resposta. Enfim, espero que gostem do novo lar, porque se não gostarem, sinceramente... Vocês são muito sem noção.

CAFA QUERIDO, MAIS UMA VEZ: THANK U VERY VERY VERY MUCH!

Já que mudamos o layout, mudamos tudo de uma vez, e SIM, SEUS APELOS FORAM ATENDIDOS (por ELE, é claro): HALLOSCAN RULES! Pra você que é ignorante como eu, isso significa que não tem mais que digitar as malditas letrinhas pra deixar um comentário... Espero que isso sirva de incentivo para os discretos voyeurs se manifestarem com mais freqüência (se o problema eram as letrinhas né... ).
-----------------------ATUALIZEM SEUS LINKS!!!---------------------------
Outra novidade: sexta-feira eu começo a trabalhar! Esse negócio de começar a trabalhar na segunda é pra plebe sebenta, e eu sou muito mais eu! Percebam que já estou deixando a riqueza corromper meus valores e suprimir minha sempre notável modéstia... Nem sei o que será de mim quando o primeiro salário mínimo entrar na minha conta! Serei outra pessoa!
Então, depois de mais de 3 meses sobrevivendo sem um arranhão da caridade de quem me detesta, ops, isso foi com o Cazuza, da caridade de quem me ama mesmo, finalmente eu vou deixar de ser a vergonha da família (aquela que só serve pra afundar o assento do sofá, detonar a geladeira e gastar pilha do controle remoto). Agradeço à Thathy pela força, por ter me indicado e por ter moral com o chefe dela. Já era hora de arranjar um estágio do jeitinho que eu esperava, pra trabalhar com o que eu quero de verdade! Bom demais!
E por enquanto é isso... Tenho o objetivo de escrever textos não tão gigantescos nessa nova fase... Alguém aí acredita que eu consigo? Eu duvido!
Beijos!!!