terça-feira, fevereiro 19, 2008

Freud, por favor, explica (parte 1).

Ehmmm... Acho que tenho um problema. Explicarei. Creio que cada dia na vida seja mais um passo no caminho do auto-conhecimento. Não, não é esse o problema. E calma, que esse texto não é um relato de entrega ao esoterismo ou algo do gênero e, em princípio, não pretendo ter nenhuma epifania ao traçar essas linhas.



O que pretendo expor, na realidade, é o fato de que estou sempre escrevendo, dizendo ou fazendo coisas que, propositalmente ou não, manifestam alguns vestígios da minha personalidade. Isso muitas vezes pode conduzir a uma noção ilusória de que eu sou de uma determinada forma, quando eu apenas estou daquela maneira.


Bem, a questão é que eu não conheço 100% de mim mesma (oh, surpresa!). E, por mais que eu passe uma parte significativa do meu tempo agindo feito uma velhota rabugenta, eu ainda tenho o direito de mudar de opinião, de ser imatura, confusa, perdida. De, às vezes, não saber o que eu sou, o que eu quero, do que eu gosto. Não tenho? Aos 25 aninhos de vida? Não sejam tão rigorosos.


Pois bem. O tipo de homens de que eu gosto. Sim, chegamos ao que interessa. Simplesmente não consigo entender minha própria preferência! Será que ainda está pra chegar uma idade em que eu vou conseguir classificar os homens em “meu tipo” e “o resto”? Espero que não, porque sem classificação nenhuma já não está fácil achar um de que eu goste mesmo.


Já passei um tempo tentando descobrir o que meus ex-namorados têm em comum (além do meu nome nas respectivas listas). São completamente diferentes. A minha lista, incluindo affairs e paixões mal-sucedidas, inclui loiros, morenos, baixos, altos, gatos, medonhos, medianos, inteligentes, divertidos, narcisos, egoístas, companheiros, semiletrados, um pai de duas filhas, solteiro, aos 19 anos de idade. Vendedores, filósofos, advogados, jornalistas, engenheiros, vagabundos, um policial militar. Gordinhos, magrelos e sarados. Vários canalhas, mas tem um ou outro que se salva, de modo que nem a canalhice serve como qualidade em comum.


Mas um ponto fundamental no que eu deveria chamar de “meu tipo de homem” vem chamando minha atenção: a idade.


Na adolescência, eu adorava dizer que gostava de homens mais velhos. Até porque é fácil ficar super feliz com um retardado de 21 anos quando você tem 16. Afinal de contas, o que mais você poderia querer com essa idade além de um cara que tem carro e um emprego? Meu, ele paga o cinema E a pipoca!


A situação começa a tomar um aspecto dramático quando os anos avançam, mas a faixa etária dos caras com quem você se relaciona, não.


É, zentsi. Eu tenho um problema.

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Excertos

Num pequeno intervalo durante a tarde...

Ciça: E aí, guria, muito f*dida?
Eu: Demais. Já tinha que ter concluído aquela revisional de alimentos, pra poder ajudar o Gui com os relatórios, mas toda hora tenho que parar pra resolver questões daquela desconsideração da personalidade jurídica... E no meio disso tudo, ainda passei o dia discutindo com a vaca da advogada do Sr. Covarde. Eu não sei se a mulher é estúpida como parece, ou se é absolutamente antiética e capaz de qualquer absurdo em defesa do cliente.
Nesse momento, abaixei pra matar uma formiga que subia no meu pé.
Ciça, que não havia visto a formiga: Em que pé está?
Eu: No direito.
Ciça: ... Tá, mas em que pé está?
Eu: Tava no direito, mas agora tá mortinha ali no chão.
Ciça: ... (cara de confusa).
Precisamos trabalhar menos...

Uma amiga comentando sobre como a experiência e o tempo tornam o sexo diferente.
Amiga: Sei lá, parece que lá atrás era bem diferente.
Eu: Mas isso é óbvio! Você achou que atrás era a mesma coisa???
Amiga: Eu quis dizer “antigamente”.
Eu: Ahaaaammm, claro.

Trabalhando até mais tarde no escritório, quando recebo uma mensagem via CIC (Comunicador IntraChat) de um cara que eu não conheço da filial de Porto Alegre:
Rafael POA - Data: 14/2/2008 19:59:38: DAÍ GURIAAAA!!!
Durante os 4 minutos seguintes, fiquei tentando entender por que razão um gaúcho desconhecido poderia estar me cumprimentando de forma tão entusiasmada numa noite de quinta-feira. Finalmente lembrei que a Bruna (minha colega) estava em Porto Alegre, e que provavelmente era ela que usava o computador do Rafael POA naquele momento.
Respondi timidamente: “bru?”
Bru: Yeap!
Eu: Ah, bom, tava pensando que o Rafael POA tinha poblemas...
Comentei que estava sozinha no escritório e não via a hora de ir embora. Bruna contou que tinha visto uns gatos na reunião. Minutos depois, voltamos ao trabalho. De repente, um vulto cruzou o corredor. Deve ter sido o cansaço (que me fez ver o vulto, não que cruzou o corredor). Escrevi pra Bru:
Eu: Tô com medo dessa casa.
Bru: Olha o pai da Berenice[1] aí, genteeeee!!!
Eu: Acabou de passar correndo pra sala do K. Se foi o pai da Berenice eu não sei,
mas quase fiz xixi na cadeira.
Bru: Ui, guriaaaaa, sério? :-o
Eu: Jurooooo.
Bru: Você tem mediunidade?
Eu: Não, tenho cagaço.


No dia em que o Sinho comentou comigo: “Oki, sabia que a Smeagol tá prenha?”, respondi: “Oh, não! Que catástrofe! Bem, Sinho, você sabe o risco que isso representa à humanidade... E você já sabe também o que temos que fazer, certo? Precisamos agir rápido: cravar-lhe uma estaca no peito, decepar-lhe o crânio, atingir-lhe com uma bala de prata e atear fogo sobre os restos mortais antes que seja tarde demais!”


Sinho, acredita que você foi o único que concordou? As outras pessoas, além de não acharem graça, exclamam coisas tolas como: “ai, Oks, que horror” ou “tadinha”, ou ficam me olhando com cara de espanto.
Que graça teria o mundo se eu não tivesse meu Ursinho?
* Saudades *









[1] O pai da Berenice é o temido ectoplasma que, segundo rumores, assombra os corredores da Casa 2.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Happy Valentine's Day


Lindo dia de sol. As pessoas me mandam e-mails inspirados. A realidade, porém, faz questão de se fazer presente, constantemente.

A amizade é mesmo uma coisa linda e muito valiosa, mas na hora que a coisa aperta mesmo (e ela tem apertado diariamente), it's me, myself and I. Ninguém mais.

E sabe o quê? Estou me acostumando.

Antes que alguém me pergunte dos pratinhos, bem, digamos que estou de férias, desde que percebi que eles me causam mais preocupação do que prazer. Um amigo querido acredita que eu não posso fazer isso. "Eles precisam de você", disse-me. É possível. Observe eu não me importar.

There are too many users trying to reach this body, you can retry in a few days.

Assim, me, myself and I comemoraremos esse dia, tão especial quanto todos os outros.

"Se você se preocupa, você só se desaponta o tempo todo. Se você não se preocupa, nada importa, então você nunca se perturba." (Calvin)

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Pérgolas da festa profana

Pérgolas.



Bastam alguns minutos de convivência conosco para perceber que não somos pessoas normais. De nossos colóquios reservados, em tom de voz discreto, espontaneamente surge um dialeto quase incompreensível. Como eu disse para minhas queridas frangas: meu medo é, de repente, sem querer, acabar voltando a falar corretamente.

A fim de difundir essa interessante forma de comunicaçã, eis a primeira liçã: sempre corte a letra “o” do fim dos substantivos terminados em “ão”, e ressalte a tonicidade da sílaba que finda em “ã”. Assim temos: questã, cartã, tesã... E por aí afora.

As outras palavras surgem sem querer, até transformar um simples diálogo numa névoa densa e impenetrável. “Franga, dá um pigas. Cadê o siqueiro? Alcança ali o cinzério, plis. Cadê o tapoé, carai? Na geladéria ou no culi? Porra, quem foi que espalhou pipoca all over the chã todo?”.

Vamos ao relato entã: o Carnaval foi delicioso, se diverti-me demais a si pópria. Mas... me passaram a mão na bunda e eu não comi ninguém. Nenhum beijinho na boca. Será que eu estou muito seletiva? Ou serão os homens? Hahahahahahaha...

Sexta chegamos acabadas e nem fizemos nada. Sábado passamos o dia num bar bem tranqüilo na praia do Estaleirinho, o Goa, quase não tinha ninguém. A vantagem é que conseguimos duas espreguiçadeiras e um daqueles colchãs bem grandes. E à noite ficamos em casa, o Cris foi pra lá com amegos e amegas, gentes não muito bonitas, mas legais. O marido de Cecílios, também apareceu por lá, com um amigo que não dava oi (e levou a maior bronca do mundo da Camilotta por causa disso).

A Fernandinha levou vários biquinosos lindos para vender, fato que, naturalmente, deixou absolutamente todas as mulheres da casa ensandecidas, dispostas a passarem os próximos dias sem comer nada se preciso fosse, desde que pudessem adquirir um biquíni novo.

Aliás, comida era muito luxo. A nossa casa das sete mulheres parecia muito mais um apê de macho: só comprávamos bebida e papel higiênico.

Domingo passamos o dia no Sky, novo point de Santa Cataralha, também na praia de Estaleirinho. Vimos vários caras gatos, só que eu, mais uma vez, tomei o maldito soro da invisibilidade para caras gatos, e nenhum deles me enxergou. Talvez fosse também a minha cor, rola aquele mimetismo com a areia, as pípous pisam em cima, enfim, bem chato.

Na areia, observávamos o movimento de corpos sarados. “Franga, à direita, bermuda branca, par de havaianas na mão”.

Até então nossa alimentaçã havia se resumido a álcool, ao tapoé de secos (minduim, pistachio, damascos, castanhis) e ao tapoé de molhados (salami, cebolinha, champignon, zeitonas, pepininhos Hemmer). Todo dia levávamos o nosso inseparável companheiro cooler, mais conhecido como culi, cheio de cervéjias, smirnoff ice e os tapoés. Mas naquele dia, eu e mais três frangas resolvemos comer alguma coisa de verdade.

Repita comigo: ta-po-é.

Fumos até o restaurante, e pedimos dois pratos, que demoraram 45 dias para ficarem prontos, e, ao serem trazidos, foram devorados em 37 segundos. Até o dia seguinte, ficamos arrotando o maldito peixe, que apelidamos de “enxofras grelhadas”.

De repente um ciclone vinha se formando na praia, mas não pudemos sair correndo porque a Lu estava no mar, tentando recuperar o biquíni que a onda levou.

Nesse dia rolou a primeira balada que pegamos: Dixi-dixi no Warung. No caminho, nos divertimos horrores. Uma franga lança um punhado de confetes pelo vidro e o vento traz metade deles de novo para dentro do carro. A franga exclama: “Tesã! Dentro da minha pópria cara!”. Só Deus é que sabe como ela retirou depois os confetes subcutâneos.

Com a mesma destreza, arremessávamos rolos de serpentina pela janela do veículo. Infelizmente, como eu os atirava com a mão esquerda, o efeito não era lá muito interessante. Foi então que a Mel pegou um rolo pra mostrar como é que se faz. Pediu ao Dodô, que estava no carro ao lado, que baixasse o vidro. Na tentativa de lançar-lhe carro adentro um pouco de alegria, acabou deixando escapar a ponta que tinha que segurar, e acertou o rolo inteiro na boca do Dodô. Ele ergueu o vidro, sem muita simpatia no olhar.

No estacionamento, maior festa. Claro que levamos o culi cheio de cachaça. Impossível explicar como o culi consegue ser uma piada constante que nunca perde a graça (especialmente depois que acabamos com o conteúdo do póprio culi). “Lu, tira essa garrafa do culi, por favor, que eu vou usar a água do culi pra regar as plantas...”; “Lu, enfia de volta a garrafa no culi”; “Putz, o culi tá cheio de areia, sujou todo o carro”... “Que eu faço com os copos?”, “ah, enfia no culi”.

Na rua, Melícia comenta que todos os cambistas falam exatamente do mesmo jeito, e Luzena nos explica que é porque eles fazem um curso. Camilotta, empolgadíssima, concorda, aos berros, dizendo que o nome do curso “é... é... ahmmm... CAMBISTA!”. Mas é um espetáculo de criatividade mesmo. Logo se nota que a moça é do márketi.

Voltando ao esquenta no estacionamento: bem que eu devia ter ouvido minha intuição, vendido o ingresso, e ficado bebendo lá fora. A balada situa-se certamente entre as 3 piores da minha vida. Warung não me pega never more. Gente lazarenta de feia, jacu e estúpida, drinks de 280 reais a dose, e duas palavras para a música: po-dre. Saí de lá com tanto ódio no meu coração que achei sinceramente que jamais iria sorrir de novo. Só pra minha cara mesmo achar que o som eletrônico feito por dois iranianos poderia me divertir. Aposto que esses feiosos me adicionariam fácil no orkut deixando um scrap com tradução automática do Google: "Hey, bonito eu achei você orkut e quiser ser amigo você. Como você é?"

Na insuportável balada, a única e exclusiva diversã era ver e comentar os modelitos no desfile de aberraçãs. Coisa medonha. Olhávamos aquelas criaturas ridéculas que tiram fotos bonitas pra colocar no orkut com a legenda: “Euzinhaaaa warungando com as miguxassssss”. No meio daquele show de horrores, avistamos uma chiquérrima warungando de breizi preto, com saia e sandália plataforma. Coisa lindimais.

Euxinha Uarunganduuu di breizi..................

Um belo rapaz chega nos perguntando com um sotaque do planeta miguxo: “Tchi ontche voxês xáum?”. Respondi que, como as outras mulheres, nós somos de Vênus. E ele: “Tchi Vénux?”. Oh, Lord, que se passa com as pessoas?

Segunda-feira, eu, a Mel e a Lu fomos passar o dia em Little Bombs, bem tranqüilo, mas pelo menos o garçã nos atende sempre que queremos, o mar é uma piscina transparente, o dia foi uma delícia. Além de encontrarmos vários amigos, dentre eles a Thayna, que nos informou como os esquimós do Congo fazem para pescar (sempre em dupla, um segura os pés do outro). Impressionante mesmo esse aquecimento global, já tem até esquimó no centro-oeste da África.

Nem sei explicar de que jeito foi que um cata-vento foi promovido a um objeto altamente erótico. E o Alexandre Frota foi tão citado até se transformar em Alexandre Toba.

Después passamos numa pousadinha em Four Islands em que estava o gateenho de uma das frangas com os amigos. Os guris eram mega gente buenas e acabamos ficando horas por lá (cada vez que pensávamos em ir embora eles traziam mais cerveja, caipira e comida). Eles também ficaram encantados com nosso jeitinho meigo e delicado de ser.

Essa noite rolou a segunda balada, o Tio Êsto no Vale Verde. Eu, Melícia e Luzena passamos 25 dias na estrada pra chegar lá. Lu estava mais ou menos com o mesmo bom humor com que eu saí do Dixi-dixi. Eu e Melícia parecíamos retardadas rindo de absolutamente tudo, bebendo drink sem gelo, até que conseguimos umas pedrinhas (de gelo, não crack) com uns moleques. A Lu continuava com aquela cara séria de criança fazendo cocô na fralda. Só deu muita risada quando eu estimulei seu sadismo, dizendo que podíamos pegar a loira que passou ao lado do carro, rachar seu crânio, esfregar o cerebelo na brita, tacar fogo e dançar sobre as brasas.

Chegando à entrada do lugar, a Lê estava indo embora com a Camilotta, que comeu algo estragado e estava gorfando até a vesícula. O Dodô e a Fernandinha já tinham entrado. A Lu ia embora com a Lê e a Camilotta, mas a Mel também decidiu não entrar.

Graças ao bom Deus, Maria Cecílios estava lá fora ainda, então entramos juntas. E o inesperado acontece: eu AMEEEEEI a balada! Zentsi, que tudo o Tio Êsto! Um gatinho, e as musiquetas são super-mega legais, todas cantadinhas e dançantes! Saí de lá às 8h da manhã, um pouquinho cansada (por mim, teria ido às 7h). Nessa noite também não rolou pegar nínguem, por causa da dieta, não posso comer fritura.

O modelito mais especial da night ficou por conta de uma mocinha que vimos na beira da estrada, e eu quis pedir: “leve-me ao seu líder” ou “moça, volte para sua nave”. A modelo usava uma blusa preta, uma delicada legging MUITO prateada, uma linda sandália-bota estilo gladiador, e uma bolsinha de estampa de vaquinha. De repente, enquanto eu e a Ciça dançávamos, quem resolveu trepar nos ombros de um cara bem à nossa frente? A moçoila extraterrena. E finalmente eu entendi porque os fritos usam óculos escuros na balada: é que você nunca sabe quando vai aparecer uma bunda prateada bem na sua face, ofuscando sua vista.

ET phone home.

Dodô, citando a frase célebre de um desconhecido, definiu a noite em que as frangas losers voltaram pra casa da porta da balada como sendo “a melhor festa da it’s my life”. As frangas, em compensação, além de perder a balada, perderam-se a si póprias na estrada, graças à indicação de um puliça fidaputa. Quando estavam chegando ao Farol de Santa Marta alguém desconfiou de que aquele não era o caminho certo. O Peugeot da Lu parecia recém-chegado de um rali.

Terça fomos mais uma vez pra Little Bombs e depois pra Four Islands. Então descobrimos que os meninos também tinham seu póprio culi, mas o deles era de Lego. E tivemos a ilustre participação da mocinha do candelabro de umbigo, perguntando se é verdade que existe “Fanta uva de manga”. Claro que existe.

Vimos nessa tarde que o Melisso é um cara absolutamente irresponsável. Nossa pobre filha Camilotta ficou desolada. Em todas as oportunidades, Melisso dava um jeito de fugir de suas obrigações dizendo pra criança: “eu não sou seu pai!”.

Os meninos de Four Islands, por sua vez, temeram pelo futuro da pequena: “vocês estão criando a menina? Coitada...”. Mas em pouco tempo de convivência já perceberam que a franguinha também não vale nada, puxou ao pai e às mães.

Nesse dia, o pobre peugeotzinho, que já estava coberto de lama, ficou completamente recheado de confete, serpentina, areia, cinza, all over the chã todo. Duas palavras para o carro: no-jo.

Voltando pra casa, a motorista pergunta pra que lado deve virar, e Camilotta responde aos berros: “AQUI AQUI AQUI, ESQUERDA DIREITA DESCULPA!”. Melícia nem se importa com a dificuldade pra entender, já que estamos em “Iiinhaa Santa Catarina”. E moças que cavalgam cavalos brancos não se importam com nada. E vai, e vai, e vai cavalgando e vai (só quem assistir ao vídeo vai entender).

À noite fomos a um churras na casa dos guris em Four Islands de novo. As frangas pegaram frangos e eu... peguei nínguem! Um dos gatos da casa tinha namorada, que estava lá, e ainda assim ele ficou a fim da Mel (não sei porque eu ainda saio com essa vaca). O outro cara gato voltava pra Curita às 6 da manhã, por isso foi dormir mega cedo. Aí como eu não estava num momento caridade, não quis beijar o gordeenho super querido que ficou a noite toda dando em cima de moi (lê-se moá, zentsi). Destruímos Xurupinga, Jiboquinha, Absolut de pêra e nem sei mais o quê. Alguns meninos até começaram a aprender a falar. Um disse que tava "conomizando Fanta", o outro exclamou "tesã", e a gente se enche de sastifaçã.

Quando chegamos a Itapema, por volta das 6 da manhã (se eu tivesse ficado mais um poquito, podia pegar o gateenho acordando pra ir embora), fazia umas 58 horas que eu não dormia, e eu estava um tanto quanto esgotada. A Lê já tinha voltado no dia anterior, Dodô, Fer, Cecílios e Camilotta voltaram quarta mais ou menos na hora do almoço. Eu, a Lu e a Mel ainda fomos curtir mais umas horinhas de sol, comer milho, crepes e churros, só porque era o último dia, e não exibiríamos mais os corpitchos de biquínis.

Saímos de lá às 19h30 e chegamos às 21h30. E isso é tudo. De volta à vida real, temos novamente que participar de reuniãs para encontrar soluçã para o poblema do Seu Cliente. Dorgas.