quarta-feira, dezembro 07, 2005

Essa minha ausência...

Ando ausente, eu sei. Mas não é só do blog. Reclamam da minha ausência nas festas, no bar, nas conversas. Estou um pouco ausente de mim, penso eu.
Mereço um desconto por causa do estresse inerente à famigerada "semana de provas". Eu já disse que não é por falta de conhecimento técnico que eu colo (nem por caridade que eu passo cola), mas tão somente como forma de protesto contra esse sistema arcaico, injusto e limitado de avaliação (hipócrita, eu?).
Mudando de mala pra SACO, eu sei que é bem mais cool dizer que não se gosta do Natal, das festas de fim de ano, do clima de renovação, blá blá blá. Mas, correndo o risco de parecer menos super bacana do que eu realmente sou, assumo: eu gosto do Natal. Adoro reunir a família, dar e ganhar presentes. É dando que se recebe. Isso não é sacanagem, foi um Santo que disse.
Todo ano é a mesma coisa: digo que não entro mais nessa furada de amigo-secreto, e quando vejo lá estou eu sorteando o papelzinho, e invariavelmente eu tiro o meu próprio nome. Antes de trocar por outro (o único que resta), não deixo de pensar que isto deve ser um sinal de que eu mesma provavelmente seria a única pessoa que acertaria na escolha do meu presente.
Pior ainda é o amigo-secreto informatizado da galerinha "Mud". As mensagens anônimas por e-mail podiam bem ser apenas uma facilidade na aproximação das pessoas. Mas apenas vêm demonstrando como o anonimato funciona como a válvula de escape ideal para os covardes hipócritas botarem as garras de fora. O negócio tá pegando fogo e eu já apelidei de "inimigo-secreto".
Essa correria de fim de ano é outra coisa que me cansa. O meu ritmo é reconhecidamente lento. Meu metabolismo é lento. Eu acordo de verdade só umas duas horas depois que eu levantei (esse tempo diminui se eu acordar no horário ideal, qual seja, depois das 11 horas). Eu não gosto de planejar coisas com antecedência, não gosto de dormir cedo, não gosto de alugar casa com antecedência de 3 meses pra passar o ano novo, nem de escolher e comprar os presentes antes de começar a loucura nos shoppings, ou estudar para as provas o suficiente pra não pegar final.
Gosto mesmo de seguir meus instintos, a adrenalina de decidir no último momento se vou ou não, pra onde e com quem eu vou, que alternativa da questão eu marco. Confio que algum colega me dará uma dica durante a prova ou que receberei uma inspiração divina pra descobrir, no contexto atual, quando se aplica o Protocolo de Genebra de 1923 no Brasil. Sim, é evidente que muitas vezes isso não dá certo. Mas quando dá, a alegria compensa! Não tem coisa melhor do que tirar 10 numa prova de Civil sem saber patavinas de falência, apenas lendo o Código e aplicando meus conhecimentos jurídicos genéricos (e nem precisei colar!), sendo que outras pessoas, pra tirar o mesmo 10 ou até menos, se mataram de tanto estudar enquanto eu assistia aos meus seriados favoritos e tentava decifrar enigmas de joguinhos estúpidos em flash.
Mas pegar a final com o catarina... Ah, isso me deixou frustrada demais. E esse post está péssimo e absolutamente sem sentido, então vou terminar por aqui, porque não há nada tão ruim que não possa ficar pior. Já estou com uma idéia boa na cabeça... Que vai ficar pra um outro dia.
Beijos.