sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Excertos

Num pequeno intervalo durante a tarde...

Ciça: E aí, guria, muito f*dida?
Eu: Demais. Já tinha que ter concluído aquela revisional de alimentos, pra poder ajudar o Gui com os relatórios, mas toda hora tenho que parar pra resolver questões daquela desconsideração da personalidade jurídica... E no meio disso tudo, ainda passei o dia discutindo com a vaca da advogada do Sr. Covarde. Eu não sei se a mulher é estúpida como parece, ou se é absolutamente antiética e capaz de qualquer absurdo em defesa do cliente.
Nesse momento, abaixei pra matar uma formiga que subia no meu pé.
Ciça, que não havia visto a formiga: Em que pé está?
Eu: No direito.
Ciça: ... Tá, mas em que pé está?
Eu: Tava no direito, mas agora tá mortinha ali no chão.
Ciça: ... (cara de confusa).
Precisamos trabalhar menos...

Uma amiga comentando sobre como a experiência e o tempo tornam o sexo diferente.
Amiga: Sei lá, parece que lá atrás era bem diferente.
Eu: Mas isso é óbvio! Você achou que atrás era a mesma coisa???
Amiga: Eu quis dizer “antigamente”.
Eu: Ahaaaammm, claro.

Trabalhando até mais tarde no escritório, quando recebo uma mensagem via CIC (Comunicador IntraChat) de um cara que eu não conheço da filial de Porto Alegre:
Rafael POA - Data: 14/2/2008 19:59:38: DAÍ GURIAAAA!!!
Durante os 4 minutos seguintes, fiquei tentando entender por que razão um gaúcho desconhecido poderia estar me cumprimentando de forma tão entusiasmada numa noite de quinta-feira. Finalmente lembrei que a Bruna (minha colega) estava em Porto Alegre, e que provavelmente era ela que usava o computador do Rafael POA naquele momento.
Respondi timidamente: “bru?”
Bru: Yeap!
Eu: Ah, bom, tava pensando que o Rafael POA tinha poblemas...
Comentei que estava sozinha no escritório e não via a hora de ir embora. Bruna contou que tinha visto uns gatos na reunião. Minutos depois, voltamos ao trabalho. De repente, um vulto cruzou o corredor. Deve ter sido o cansaço (que me fez ver o vulto, não que cruzou o corredor). Escrevi pra Bru:
Eu: Tô com medo dessa casa.
Bru: Olha o pai da Berenice[1] aí, genteeeee!!!
Eu: Acabou de passar correndo pra sala do K. Se foi o pai da Berenice eu não sei,
mas quase fiz xixi na cadeira.
Bru: Ui, guriaaaaa, sério? :-o
Eu: Jurooooo.
Bru: Você tem mediunidade?
Eu: Não, tenho cagaço.


No dia em que o Sinho comentou comigo: “Oki, sabia que a Smeagol tá prenha?”, respondi: “Oh, não! Que catástrofe! Bem, Sinho, você sabe o risco que isso representa à humanidade... E você já sabe também o que temos que fazer, certo? Precisamos agir rápido: cravar-lhe uma estaca no peito, decepar-lhe o crânio, atingir-lhe com uma bala de prata e atear fogo sobre os restos mortais antes que seja tarde demais!”


Sinho, acredita que você foi o único que concordou? As outras pessoas, além de não acharem graça, exclamam coisas tolas como: “ai, Oks, que horror” ou “tadinha”, ou ficam me olhando com cara de espanto.
Que graça teria o mundo se eu não tivesse meu Ursinho?
* Saudades *









[1] O pai da Berenice é o temido ectoplasma que, segundo rumores, assombra os corredores da Casa 2.